Se o desempenho dos médicos estrangeiros não for considerado satisfatório no curso de 21 dias sobre legislação médica brasileira e língua portuguesa a que se submetem, eles serão desligados do programa Mais Médicos e voltarão aos seus países. A informação é do Ministério da Saúde. Segundo o professor Rodrigo Cariri, que coordena o curso no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no município metropolitano de Vitória de Santo Antão, a avaliação dos profissionais será permanente, diária, ao longo do curso, e ao seu final, testarão seus conhecimentos da língua portuguesa em provas escrita e oral. Cento e quinze médicos iniciaram o curso nesta segunda-feira, 26. De acordo com Cariri, que é coordenador do curso de Medicina da UFPE em Caruaru, no agreste, o curso, todo em português, abordará a formação do povo brasileiro e os aspectos sociais, econômicos e políticos do País, os protocolos e parâmetros médicos e os aspectos éticos e legais da prática da medicina. Seis professores estão encarregados do curso. Outros 20 professores da atenção primária se ofereceram para ajudar no acompanhamento dos estrangeiros nos locais onde irão atuar, acompanhando também a estrutura de farmácia, medicamentos, insumos disponíveis. Cariri não acredita em mau desempenho. Ele destacou o perfil dos cubanos, que são maioria. "Todos eles têm mais de 10 anos de formados, todos já cumpriram missão em outros países, todos têm residência em medicina da família e comunidade, 20% deles têm mestrado e 40% têm mais de uma especialização além da residência.".