Após uma pausa, analistas do mercado financeiro voltaram a revisar para cima suas projeções para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, segundo relatório de mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 7, pelo Banco Central. De acordo com o levantamento, a atividade brasileira crescerá 2,47% em 2013. Na pesquisa anterior, a projeção era de uma expansão de 2 40% e, na de quatro semanas atrás, de 2,35%. Para 2014, o quadro não foi alterado. Os economistas mantiveram a projeção de expansão de 2,20% como na semana passada para o crescimento do País. Há um mês era aguardado um crescimento de 2 28%. A alta da economia prevista para este ano não será sustentada pelo setor manufatureiro, de acordo com os profissionais consultados pelo BC. Isso porque a Focus revelou uma queda na estimativa para o crescimento da produção industrial deste ano, de 1,92% para 1,70%. No levantamento feito um mês atrás, a mediana estava em 2,10%. No caso de 2014, a tendência foi idêntica: o setor manufatureiro deverá se expandir apenas 2,30% no ano que vem, e não mais 2,40% como era previsto no levantamento anterior. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas para a indústria era de um crescimento de 3,00%. Inflação O relatório Focus trouxe estabilidade nas estimativas para a inflação deste ano. A mediana para o índice de 2013 seguiu em 5 82%, mesmo patamar de há quatro semanas. Para 2014, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu levemente de 5,97% para 5,95% ante taxa de 5 85% vista um mês atrás. O Focus revelou também que, no caso da mediana das estimativas suavizadas à frente para a inflação acumulada em 12 meses, houve uma aceleração de 6,21% para 6,23%. Há quatro semanas, estava em 6,13%. Já entre os profissionais que mais acertam as previsões para o médio prazo, o grupo denominado pelo BC de Top 5, não houve mudanças nas estimativas. O IPCA de 2013 deverá ficar em 5,80% como era esperado uma semana antes - quatro semanas atrás, a mediana estava em 5,85%. No caso de 2014, esse mesmo grupo manteve a projeção para a inflação em 6,17%, mesma taxa vista há um mês. Para o curto prazo, os analistas também não revisaram suas estimativas para o IPCA de setembro, que seguiu em 0,35%. No caso de outubro, a expectativa ficou estacionada em 0,56%. Há um mês, as medianas para estas projeções estavam respectivamente em 0,45% e 0,55%. Selic Analistas ouvidos pelo BC mantiveram a mediana das estimativas para a taxa básica de juros em 9,75% ao ano para o fim de 2013 e de 2014. Há um mês, a expectativa já estava nesse patamar em todos os casos. Para o curto prazo, a mediana das estimativas para a Selic de outubro também ficou inalterada em 9,50% ao ano, como já estava na semana passada e também quatro semanas atrás. Na média deste ano, segundo esses profissionais, os juros ficarão em 8,34% ao ano - porcentual em que já estava estacionado uma semana antes e um mês atrás. Para 2014, a Selic deve ficar, em média, em 9,75% como o previsto também na Focus da semana passada e na de um mês antes. Câmbio A taxa de câmbio deverá fechar o ano em R$ 2,30, segundo a mediana das estimativas dos analistas trazida pelo Focus. Houve manutenção das expectativas em relação à taxa da semana passada. Quatro semanas atrás, estava em R$ 2,36. Para o fim de 2014, a mediana das projeções seguiu em R$ 2,40, que também era a cotação aguardada um mês antes. Apesar da manutenção das expectativas para o fim de ambos os períodos, o Focus revelou uma pequena correção na cotação média do dólar em 2013, que passou de R$ 2,18 para R$ 2,17. Um mês antes estava em R$ 2,21. No caso de 2014, o câmbio médio seguiu em R$ 2,37 como na semana passada, levemente mais baixo do que a cotação prevista um mês atrás (R$ 2,38).