PIRACICABA

Mulher é morta à paulada pelo marido em frente aos filhos

Mulher foi golpeada na frente dos filhos, socorrida, mas chegou morta ao hospital

Ana Cristina Andrade
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
26/09/2013 às 10:55.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:41

A embaladora Maria da Luz Amaral, 36, foi assassinada ontem de manhã em sua casa - um bar desativado - à rua Angelino Stela, no Parque Jupiá, em Piracicaba. O único golpe com madeira, que segundo testemunhas foi desferido pelo marido dela, um vigilante de 57 anos, que até o fechamento desta edição continuava foragido, foi fatal.O crime, segundo testemunhas, aconteceu na frente de dois filhos do casal. Um deles saiu na rua gritando por socorro dizendo a uma conhecida, que estava perto da esquina, que o pai havia matado sua mãe.O que teria motivado a discussão do casal, que terminou com o assassinato, segundo apurou a Gazeta, seria o fato de Maria ter chegado em casa, por volta das 11h30, e reclamado pelo fato dele não ter preparado o almoço para as crianças.A ambulância do Samu - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - levou a mulher para a Santa Casa, mas não deu tempo de ser realizado o procedimento de emergência. A Gazeta esteve no local, logo que a ambulância saiu, e familiares que ali estavam não quiseram falar do assunto. Apenas disseram que a mulher foi socorrida com ferimentos graves.Um morador das proximidades disse à reportagem que, pelo estado em que a mulher ficou, dificilmente conseguiria sobreviver. "A pancada fez com que um olho saltasse para fora e a orelha também. Uma cena horrível, um absurdo. Triste foi ver as crianças gritando", lembrou.A Polícia Militar foi acionada, fez diligências pelas imediações, mas não encontrou o autor, que teria fugido numa moto preta. Os policiais também foram até a casa de um primo do vigilante, que disse não ter presenciado nada e apenas estava cuidando das crianças. Outras agressõesO marido de Maria da Luz já foi acusado de agredi-la em outras ocasiões e ofendê-la moralmente. Contra ele também foi registrado um boletim de ocorrência, no qual a sua enteada - atualmente com 14 anos - diz que em 2009 ele abusava dela, passando as mãos em seu corpo, mas que não podia dar queixa porque ele dizia que se o fizesse ela iria apanhar.No dia 31 de outubro do ano passado, ele foi acusado de injúria, ameaça, vias de fato e calúnia contra a mulher, que, na ocasião, levou um tapa no rosto e quase foi enforcada. Em janeiro deste ano, outra queixa - ameaça, danos, injúria e vias de fato. Durante discussão, ele quebrou um celular. Consta que ele disse que se a mulher não fosse embora ele faria uma besteira.Neste mesmo dia tirou a televisão e o telefone fixo da sala, para que todos ficassem incomunicáveis. Xingou a mulher e os filhos. Em maio deste ano ele deu queixa dizendo ter sido agredido pela mulher e em agosto a enteada registrou a ocorrência. EnterroO corpo de Maria da Luz Amaral está desde ontem no IML de Piracicaba, será liberado hoje para um velório rápido no cemitério da Vila Rezende - até o fechamento desta edição não havia sido definido o horário - e em seguida uma funerária do interior de Minas Gerais fará o traslado para aquele Estado, onde será o enterro.

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