REPERCUSSÃO

Mundo chora morte de herói sul-africano Nelson Mandela

Herói da luta contra o apartheid morreu nesta quinta-feira em sua residência de Johannesburgo

France Press
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05/12/2013 às 22:25.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:44

Dirigentes de todo o mundo lamentaram a morte do líder sul-africano Nelson Mandela, herói da luta contra o apartheid, que faleceu nesta quinta-feira em sua residência de Johannesburgo, aos 95 anos. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul, lamentando a partida de um homem "valente e profundamente bom". "Com sua valente dignidade e sua incansável disposição para sacrificar sua própria liberdade pela liberdade dos outros, Mandela transformou a África do Sul e comoveu a todos". Obama recordou que se encontrou brevemente com Mandela uma única vez, em 2005, mas destacou que foi precisamente o exemplo do líder anti-apartheid o fator que o levou à vida política. "Nunca mais veremos alguém como Nelson Mandela (...), que alcançou mais do que podemos esperar de qualquer homem. Hoje ele partiu e perdemos o ser humano mais influente, valente e profundamente bom". O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que "uma grande chama se apagou no mundo", afirmando que "Nelson Mandela era um herói do nosso tempo". O presidente da França, François Hollande, afirmou que "Nelson Mandela foi a encarnação da Nação Sul-africana, o cimento da sua unidade e o orgulho de toda a África". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, descreveu Mandela como um "gigante da justiça" que inspirou movimentos libertários em todo o mundo. "Muitos no mundo foram influenciados por sua luta a favor da dignidade humana, da igualdade e da liberdade. Mandela tocou nossas vidas de uma maneira muito pessoal e profunda. Devemos nos inspirar em sua sabedoria, determinação e compromisso e nos esforçarmos para fazer um mundo melhor". O Conselho de Segurança da ONU fez um minuto de silêncio em homenagem ao ex-presidente sul-africano. "Compartilhamos a mesma tristeza" com o anúncio desta morte, declarou o embaixador da França, Gerard Araud, estimando que Mandela encarnava "os valores de justiça e reconciliação". A presidente Dilma Rousseff revelou que "o governo e o povo brasileiros receberam consternados a notícia da morte de Nelson Mandela" e afirmou que "seu combate transformou-se em um paradigma, não só para o continente africano, como para todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo". Dilma referiu-se ao líder sul-africano como "personalidade maior do século XX", chamando atenção para a "paixão e a inteligência" que Mandela usou para vencer "um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea - o fim do apartheid na África do Sul". O arcebispo sul-africano emérito Desmond Tutu enalteceu seu compatriota e co-ganhador do Nobel da Paz Nelson Mandela como o homem que ensinou uma nação profundamente dividida a se unir. "Ao longo dos últimos 24 anos, Madiba nos ensinou a nos unir e a acreditar em nós mesmos e uns nos outros. Ele foi um unificador desde o momento que deixou a prisão". "Estamos aliviados de que seu sofrimento tenha terminado, mas nosso alívio é afogado pelo luto. Que ele possa descansar em paz e elevar-se na glória". O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, lamentou o falecimento de Mandela e afirmou que "o mundo perdeu um herói", que deu "um novo significado a palavras como liberdade, igualdade, justiça, reconciliação e perdão". "Nelson Mandela morreu hoje, mas seu legado permanecerá para sempre. Foi um lutador, um líder e uma fonte de inspiração para muita gente (...) no mundo". O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, também lamentaram a perda de Mandela, "uma das maiores figuras políticas do nosso tempo". Mandela "não apenas foi chave na transformação da África do Sul em um país democrático (...) ele representa a luta contra o racismo, a violência política e a intolerância". "Este é um dia muito triste, não apenas para a África do Sul, mas para a comunidade internacional como um todo. Mandela nos ensinou as maiores lições sobre reconciliação, transição política e transformação social", acrescentaram, referindo-se ao líder sul-africano como "uma pessoa com profunda humanidade, integridade moral e autoridade". Mandela recebeu o primeiro prêmio Sakharov para a liberdade de consciência concedido todo ano pelo Parlamento Europeu, desde 1988. Pelé declarou no Twitter que Mandela "foi um herói para mim, um amigo e um companheiro na luta pelo povo e pela paz no mundo". O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter, registrou "com profunda tristeza" a morte "de uma pessoa extraordinária, provavelmente um dos maiores humanistas do seu tempo, e um amigo sincero". Veja também Mandela teve vida marcada por tragédias Líder sul-africano teve várias doenças, foi preso, enfrentou 2 divórios e perdeu 3 filhos e uma bisneta 'Pessoa extraordinária', diz Lula sobre Nelson Mandela "Tive uma grata satisfação de fazer parte de uma geração que lutou contra o apartheid", disse Lula Dilma: 'povo brasileiro lamenta morte de Mandela' O líder sul-africano tinha 95 anos e recebia cuidados médicos em casa Morre líder sul-africano Nelson Mandela aos 95 anos O ex-presidente da África do Sul estava internado desde junho devido a uma infecção pulmonar

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