O tufão Haiyan, anunciado como o ciclone mais violento do ano, chegou nesta sexta-feira (8) às Filipinas provocando inundações, destruindo edifícios e deixando ao menos três mortos em regiões do centro do arquipélago. Haiyan atingiu o litoral oriental do arquipélago com ventos de até 315 km/h, segundo a agência meteorológica das Filipinas. Haiyan se encontra sobre a ilha de Samar, 600 km a sudeste de Manila, depois de chegar em terra na cidade costeira de Guiuan, um porto pesqueiro com 40 mil pessoas e que pode ter sofrido danos catastróficos, segundo o meteorologista americano Jeff Masters, no site www.wunderground.com. As forças dos ventos converte Haiyan, de categoria 5, a mais alta, num dos ciclones mais violentos do mundo e no mais potente a tocar em terra em toda a história, segundo Masters. O canal de tv ABS CBN emitia imagens de ruas inundadas, telhados voando e prédios destruídos em Tacloban, cidade com 200.000 habitantes no litoral. O tufão deixou três mortos e um desaparecido, segundo um primeiro balanço provisório oficial, que poderá se agravar rapidamente ao longo do dia. As autoridades tentam obter informações sobre as consequências do tufão, mas várias localidades estão isoladas. O presidente filipino, Benigno Aquino, advertiu na quinta-feira à população para que se preparasse para a chegada da tempestade. "A nossos dirigentes locais: seus habitantes enfrentam um grave perigo. Façamos tudo o que podemos enquanto o Haiyan ainda não atingiu o país", declarou Aquino em um discurso transmitido pela tv. Mais de 125.000 pessoas das zonas mais vulneráveis foram evacuadas antes da chegada do tufão, segundo a Defesa Civil. Milhões permanecem trancados em suas casas. As escolas foram fechadas, o serviço de ferry suspenso e os pescadores receberam ordem de assegurar suas embarcações. O tufão não passará por Manila, mas a capital das Filipinas poderá sentir seus efeitos. A Philippine Airlines, a Cebu Pacific e outras companhias aérea anunciaram a suspensão de centenas de voos, em sua maioria domésticos, mas também de alguns internacionais. Cerca de 16 milhões de pessoas, entre elas 12 milhões nas Filipinas, se encontram na trajetória do tufão. O ciclone atravessará o Laos e o Vietnã no domingo. "É um tufão muito perigoso. As zonas mais vulneráveis são evacuadas", declarou à AFP Glaiza Escullar, da Agência Nacional de Meteorologia. Todos os anos, as Filipinas sofrem com cerca de 20 grandes tempestades ou tufões, geralmente entre junho e outubro.