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Obama: acusações de ataque na Síria são preocupantes

Segundo a oposição síria, supostos ataques químicos perto de Damasco provocaram 1.300 mortes

France Press
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23/08/2013 às 08:22.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:06

O presidente americano Barack Obama afirmou que as acusações de utilização de armas químicas na Síria são "muito preocupantes", em uma entrevista ao canal CNN. "O que temos visto indica que é claramente um grande evento, de muita preocupação, e nós já estamos em contato com toda a comunidade internacional", afirmou. Segundo a oposição síria, os supostos ataques com gases tóxicos perto de Damasco provocaram 1.300 mortes. "Estamos recebendo informações sobre este fato em particular", declarou o presidente dos Estados Unidos. Obama evitou afirmar se o seu governo acredita que armas químicas teriam sido usadas no ataque, um ato que, em tese, teria cruzado a "linha vermelha". "Não esperamos cooperação (do governo sírio), levando em conta seu passado". A rebelião síria calcula em 1.300 o número de mortes provocadas na quarta-feira por uma ofensiva do regime, supostamente com gases, em Ghuta oriental e Muadamiyat al-Sham, dois setores da periferia de Damasco sob controle dos rebeldes. Obama tem se mostrado resistente a ordenar uma ação militar americana para proteger os civis sírios, por temer ser arrastado para uma guerra civil, pouco tempo depois de ter retirado as tropas do Iraque. Mas as impactantes imagens dos mortos no ataque, muitos deles crianças, reabriram o debate sobre a política de Obama, vista por seus aliados como prudente, mas que os críticos consideram frágil. O senador republicano John McCain acusou o governo democrata de permanecer passivo a respeito da guerra civil na Síria, dando implicitamente "luz verde" ao presidente Bashar al-Assad para usar armas químicas contra seu povo. "Há um ano, o presidente disse que o uso de armas químicas na Síria marcaria o cruzamento de uma linha vermelha", escreveu McCain em um comunicado, em referência ao limite estabelecido por Obama em 20 de agosto de 2012. "Mas como estas ameaças não tiveram nenhuma consequência verdadeira, não tiveram eco", acusou o senador. Obama respondeu a McCain que entende a preocupação do senador, mas que Washington deve proceder com cautela. "Compreendo a paixão do senador McCain de ajudar as pessoas que passam por uma situação extraordinariamente difícil e dolorosa", destacou. Mas Obama destacou que os americanos esperam que ele proteja seus interesses a longo prazo. "Às vezes, observamos pessoas que pedem uma ação imediata, que nos colocam em situações muito difíceis, quando somos arrastados a intervenções caras, difíceis, que no fim geram mais ressentimento na região", destacou. Mas Obama exigiu a seus serviços de inteligência que investiguem para determinar se realmente foram utilizadas armas químicas na Síria. "Neste momento exato, o governo dos Estados Unidos é incapaz de determinar de forma definitiva se foram usadas armas químicas", afirmou na quinta-feira a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki. O governo americano não tem equipes oficiais na Síria, segundo a porta-voz, mas pode "compilar informação graças a depoimentos no campo de batalha, reunir inteligência, relatórios púlicos (...) dados científicos e compartilhar esta informação com outros países". Veja também Para Brahimi, Síria é a maior ameaça à paz mundial Brahimi tenta reunir em uma conferência de paz, a chamada Genebra 2, o regime sírio e a oposição Rússia e EUA pedem cooperação da Síria junto à ONU A nota de EUA e Rússia ressalta ainda que Lavrov e Kerry querem uma "investigação objetiva" da ONU Hollande fala de uso provável de armas químicas François Hollande "expressou o sentimento provocado na França pelos massacres na Síria" Turquia pede intervenção internacional na Síria Oposição síria acusou o regime de Bashar al-Assad de ter matado 1.300 pessoas com gás tóxico Usar armas químicas teria sido suicídio político Oposição síria denunciou na quarta que o regime matou 1,3 mil pessoas em um ataque químico ONU marca reunião urgente sobre a Síria O encontro foi convocado a pedido de cinco dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU Chefe da ONU chocado com ataque químico na Síria O encontro foi convocado a pedido de cinco dos 15 membros do Conselho de Segurança EUA exigem acesso de inspetores a local de massacre Grupo da oposição síria acusou o governo de "massacrar" mais de 1,3 mil pessoas com armas químicas Oposição diz que 1,3 mil morreram em ataque químico Oposição síria acusa governo de matar mais de 650 pessoas com ataques com gás químico e tóxico

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