ESTRATÉGIA

Ônibus saem com escolta da GM em Piracicaba

Prefeitura traça plano especial para combater novos ataques ao transporte público

André Luís Cia
andre.cia@gazetadepiracicaba.com.b
09/09/2013 às 22:02.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:25

Desde esta segunda-feira (9), a Prefeitura de Piracicaba está nas ruas com uma estratégia especial montada com a Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes), em parceria com as empresas do transporte coletivo municipal, que engloba a atuação conjunta da PM (Polícia Militar) e da GM (Guarda Municipal). A medida vai combater a criminalidade nos ônibus da cidade. Desde o último dia 4 de setembro, cinco veículos foram queimados no município e o transporte foi afetado. O prejuízo estimado pela Semutrran é de R$ 1,2 milhão. Nesta segunda-feira, apenas 80% da frota funcionou na cidade. A nova operação é por tempo indeterminado. O prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) relacionou supostamente os ataques ao fato da PM ter matado um homem de 20 anos na semana passada, no Jardim Esplanada. Ferrato ressaltou que os atentados contra os coletivos não têm nenhum vínculo político, mas, sim, estão ligados à criminalidade, especificamente, ao tráfico de drogas. No domingo houve uma reunião emergencial de duas horas com representantes das polícias e do Executivo sobre o plano de combate. A PM recebeu a ajuda de efetivos da região e a GM está toda focada na captura dos criminosos. Washington Marcelo Moraes, que possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, foi morto por militares no dia 4, numa perseguição após o roubo de uma sorveteria na avenida São Paulo, no bairro Pauliceia. O prefeito afirmou que já existe uma investigação sobre a atuação de "pequenos grupos" que agiram nos ataques e que alguns já foram identificados. "Nós temos a informação de quem são as pessoas, mas a população também pode contribuir denunciando as ações suspeitas. Basta ligar para o serviço 190 e denunciar", justificou. Dois dos cinco ônibus incediados eram zero quilômetro. Com isso, foi necessário deslocar veículos mais antigos da frota para recompor os que foram retirados da linha. Segundo o secretário municipal da Semutrran, Jenival Dias Sampaio, os ônibus queimados trouxeram como consequência direta a redução da frota em circulação e a alteração em algumas linhas que não estão entrando em trechos considerados mais perigosos (foram alvos recentes dos ataques), como na rua Bogotá, no Jardim Esplanada. O sistema tem operado com 185 veículos e parte dos carros tem sido acompanhada pela Guarda e pela PM (não foi informado, por motivo de segurança, o número de policiais em atuação e nem os locais onde polícia está atuando). Ferrato explicou também que alguns policiais estão dentro dos coletivos à paisana numa tentativa de ajudar na prisão de possíveis criminosos. "Precisamos diminuir os ônibus para ajudar o acompanhamento da polícia. Apesar dos veículos não entrarem em algumas ruas, eles estão passando pelos corredores principais dos bairros", disse Ferrato. Mesmo consciente sobre possíveis problemas de lotação causados pelo menor número de veículos em circulação, o prefeito afirmou que isso é temporário e que a situação continuará até que tudo se normalize. Ainda não há previsão do retorno integral.

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