EX-PRIMEIRO-MINISTRO

Palestinos dizem que Sharon era um criminoso

Até a morte de Arafat, em 2004, Sharon multiplicou as ameaças contra o líder palestino

France Press
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11/01/2014 às 12:29.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:27

Os líderes palestinos classificaram o ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, falecido neste sábado, de criminoso, e criticaram o fato de ele não ter sido levado à justiça internacional. "Sharon era um criminoso, responsável pelo assassinato de (Yasser) Arafat, e esperávamos que comparecesse ante o Tribunal Penal Internacional como criminoso de guerra", declarou à AFP Jibril Rabub, funcionário de alto escalão do Fatah, o movimento do histórico líder palestino e do atual presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Até a morte de Arafat, em novembro de 2004, Sharon multiplicou as ameaças contra o líder palestino, alimentando as suspeitas sobre um envenenamento, algo que Israel sempre negou. Já um porta-voz do Hamas, no poder da Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, disse em um comunicado que a morte de Sharon é um "exemplo para todos os tiranos". "Nosso povo vive um momento histórico com o desaparecimento deste criminoso com as mãos cobertas de sangue dos palestinos e de seus líderes", disse o porta-voz do movimento islamita, cujo fundador, xeque Ahmad Yassin, foi morto em 2004 pelo exército israelense sob as ordens de Sharon.

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