Os líderes palestinos classificaram o ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, falecido neste sábado, de criminoso, e criticaram o fato de ele não ter sido levado à justiça internacional. "Sharon era um criminoso, responsável pelo assassinato de (Yasser) Arafat, e esperávamos que comparecesse ante o Tribunal Penal Internacional como criminoso de guerra", declarou à AFP Jibril Rabub, funcionário de alto escalão do Fatah, o movimento do histórico líder palestino e do atual presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Até a morte de Arafat, em novembro de 2004, Sharon multiplicou as ameaças contra o líder palestino, alimentando as suspeitas sobre um envenenamento, algo que Israel sempre negou. Já um porta-voz do Hamas, no poder da Faixa de Gaza, Sami Abu Zuhri, disse em um comunicado que a morte de Sharon é um "exemplo para todos os tiranos". "Nosso povo vive um momento histórico com o desaparecimento deste criminoso com as mãos cobertas de sangue dos palestinos e de seus líderes", disse o porta-voz do movimento islamita, cujo fundador, xeque Ahmad Yassin, foi morto em 2004 pelo exército israelense sob as ordens de Sharon.