ATO PACÍFICO

Piracicaba tem novo protesto contra reajuste de vereadores

A manifestação do Reaja Piracicaba reuniu cerca de 100 pessoas nesta quinta e foi pacífica

Adriana Ferezim
adriana.ferezim@gazetadepiracicaba.com.br
13/09/2013 às 10:21.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:27

A manifestação do Reaja Piracicaba reuniu cerca de 100 pessoas, ontem, e foi pacífica. Pelo menos 85 policiais militares e Guardas Civis estavam na região central para acompanhar o ato. Nenhum incidente foi registrado desde o início do protesto, às 17 horas no Terminal Central de Integração (TCI), até o término, por volta das 20h30, na Câmara. Apenas um jovem que usava máscara e seu amigo foram abordados pela Polícia Militar. O Reaja vai protocolar hoje, na Câmara, o projeto de ação civil pública com as 25 mil assinaturas que solicita a revogação do reajuste de 66% do salário dos vereadores. "Há cerca de oito meses estamos coletando essas assinaturas. Foi um trabalho árduo, porque todas têm o número do título de eleitor, que não é uma coisa fácil de conseguir, porque é um documento que as pessoas não costumam carregar", disse Eduardo Stella, no carro de som.Ele não foi autorizado a utilizar a tribuna da Câmara e explicar aos vereadores as razões do movimento fazer essa reivindicação, porque a Mesa Diretora acatou ofício do vereador Laércio Trevisan Júnior (PR), que solicitou que três pessoas que o teriam ameaçado, fossem impedidas de entrar na Câmara. Uma delas é Stella. A solução foi fazer a leitura do carro de som. Mas, viaturas da Secretaria Municipal de Trânsito (Semuttran) não permitiram que o veículo, com o equipamento tivesse acesso pela rua São José até a frente da Câmara. "O acesso de qualquer veículo está proibido. A Câmara fez esse pedido à Semuttran", disse um dos agentes.Os manifestantes, então, estacionaram o carro de som na rua Alferes José Caetano, esquina com a rua Prudente de Moraes. No local, Eduardo Stella leu o discurso para os manifestantes. AcompanhamentoA única vereadora que ficou na frente da tropa de choque da Guarda Civil e ouviu os discursos dos manifestantes foi a vereadora Márcia Pacheco (PSDB). "Não tenho medo. O movimento é legítimo, mas eles têm de ampliar as reivindicações, porque o salário dos vereadores não irá baixar. Foi uma lei que aprovamos há três anos, nessa época é que deveria ter ocorrido essa manifestação. Apoio a luta quando ela exigir a redução do número de vereadores. Também acredito que a cidade não precisa de 23 vereadores. Apoio a redução da verba para os gabinetes dos deputados e dos senadores, que os mensaleiros sejam presos, mas essa questão do salário dos vereadores, já é página virada", afirmou.Márcia declarou que possivelmente o projeto de ação civil pública não será aprovado. "Eu não votarei a favor da revogação do aumento, porque votei a favor dele. Não serei contra aquilo que já fiz". PasseataOs manifestantes percorreram as ruas do centro carregando cartazes e no caminho pediam para os moradores dos edifícios piscarem as luzes, demonstrando que também eram contra o reajuste do salário dos vereadores, que passou de R$ 6.500,00 para R$ 10.900,00. Algumas luzes das janelas dos edifícios piscaram.Na chegada na Câmara, a faixa que abria o protesto foi levada para dentro da Câmara por pessoas que não foram identificadas. Os manifestantes exigiram a devolução e a faixa "reapareceu".Após o discurso de Stella, os manifestantes colocaram os cartazes em formato de caixão sobre o jardim da Câmara e a caixa simbolizando as 25 mil assinaturas, embrulhada para presente, enquanto cantavam o Hino de Piracicaba. MáscaraUm rapaz que usou a máscara preconizada pelo grupo Black Bloc foi abordado pela PM dentro de uma pizzaria, no centro, com um amigo que também acompanhou toda a manifestação sem máscara. Ele contou que tinha pedido a pizza, não estava usando a máscara, mas foi obrigado a sair do estabelecimento. O tenente Rossetti explicou que eles foram abordados porque estavam de máscara e se identificaram. Na mochila que eles carregavam só estavam pertences pessoais. Os rapazes foram liberados.Segundo a PM, atuaram mais de 50 homens do 10º BPM/I e das três companhias da cidade com a Rocam, PPM, que são patrulhamentos com motocicleta, Canil, ronda rural e base comunitária . Todos os policiais tinham identificação na farda.A Guarda Civil estava com cerca de 35 homens e eles não tinham identificação na farda.

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