TRÂNSITO

Piracicaba terá controle automático dos semáforos

Central passa a controlar automaticamente 35% dos equipamentos nos principais cruzamentos

Adriana Ferezim
adriana.ferezim@gazetadepiracicaba.com.br
23/05/2013 às 10:42.
Atualizado em 27/04/2022 às 14:15

Com o monitoramento eletrônico dos semáforos feito pela Central Semafórica, inaugurada na quarta-feira (22), a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Semuttran) passa a controlar 35% dos cruzamentos que recebem diariamente maior volume de tráfego na cidade. Essa é a primeira fase do projeto que prevê a expansão para 70% da rede. Os estudos já foram iniciados.

Em toda a cidade há 150 cruzamentos com semáforo e a frota da cidade é de 263.029 veículos, conforme dados de março deste ano. A média é de 1,4 habitante por carro.

Fazem parte da rede os 37 cruzamentos das avenidas Armando de Salles Oliveira, Independência e José Micheletti e das ruas XV de Novembro e Moraes Barros. Nessas localidades há cinco redes e 17 controladores dos conjuntos semafóricos.

Nessas localidades, os dois agentes de trânsito que atuam na Central, conseguem monitorar o tráfego e controlar eletronicamente o funcionamento dos semáforos. “Pela visualização do sistema é possível definir um volume de tempo maior em determinados horários do dia. Isso permite alterar a programação do tempo dos semáforos e também corrigir falhas causadas, por exemplo por falta de energia elétrica”, contou Jorge Akira, engenheiro da Semuttran.

Segundo ele, antes da Central Semafórica passar a operar, o defeito era comunicado à Semuttran, que enviava agentes e os caminhões para consertar o equipamento. “Muitas vezes a chave desligada e era preciso reiniciar manualmente. Agora, o agente reinicia o controlador pela rede, em poucos minutos. Isso reduz o tempo que o semáforo fica intermitente (luz amarela piscante)”, contou.

O equipamento começou a ser testado em novembro. Diversos ajustes nos semáforos foram feitos até a inauguração oficial ontem. Nesse período, o sistema já contribuiu para melhorar o trânsito, conforme avaliação do prefeito Gabriel Ferrato.

“A Central Semafórica traz mais mobilidade e conforto para o usuário de veículo, porque os cruzamentos estão sincronizados. É possível perceber melhora, principalmente nos horários de pico e por esse motivo o projeto será expandido, assim como novas obras viárias, como alargamento de algumas ruas e avenidas também terão de ser executadas. Estamos avaliando os pontos de estrangulamento do trânsito e elaborando projetos. A melhoria do sistema viário é contínua”, afirmou.

O custo da primeira fase do projeto foi de R$ 300 mil, com recursos utilizados do Fundo Municipal de Trânsito, proveniente das multas.

Ação

Na semana passada, o agente de trânsito Fábio Luís Simões, disse que houve uma pane provocada pela interrupção do fornecimento de energia elétrica, no cruzamento das avenidas Independência, Saldanha Marinho e Carlos Martins Sodero.

“O local conta com sete semáforos e um reparo na rede elétrica fez com que todos ficassem intermitentes. Reiniciei o controlador dos conjuntos e em questão de minutos, os semáforos voltaram a funcionar, sem a necessidade de deslocar agentes para lá”, contou.

O engenheiro da Semuttran, Getúlio Pedro de Macedo, informou que o serviço conta com parceria da Guarda Civil, por meio da Central Eletrônica de Monitoramento (Cemel). “Eles têm 72 câmaras que podemos utilizar. Nesse novo sistema, quando eles visualizam um acidente de trânsito, também ficou mais rápido o atendimento pelos agentes da Semuttran e a intervenção semafórica, se for necessário”, afirmou.

Expansão

A expansão da Central Semafórica, que funciona por meio de cabos de fibra ótica, será feita em três regiões da cidade, na Vila Rezende (avenidas Rui Barbosa, Dona Francisca, Barão de Serra Negra, entre outras), por onde passam cerca de 55 mil veículos por dia, região da rotatória do Piracicamirim (avenidas Professor Alberto Vollet Sachs, Piracicamirim e Rio das Pedras, que conta com volume de 65 mil veículos diariamente e na avenida Doutor Paulo de Moraes, conforme o secretário de Trânsito e Transportes, Jenival Dias Sampaio.

“Os critérios de escolha da primeira e da segunda fase foram o volume de tráfego dessas localidades”, disse.

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