PIRACICABA

PM detém menor envolvido em crime de assistente social

Menor de 15 anos estava escondido na casa do tio, em uma chácara

Ana Cristina Andrade
ana.andrade@gazetadepiracicaba.com.br
30/08/2013 às 11:34.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:12

Um dos autores da tentativa de roubo que resultou na morte da assistente social Maria Antonia Sanches Baesteiro Baldessin, 47, assassinada com dois tiros na tarde de terça-feira (26), na frente de sua casa, no bairro Castelinho, em Piracicaba, já está atrás das grades. Trata-se de um adolescente de 15 anos, pego por policiais militares da 1ª Companhia e denunciado no 190.O menor, que estava no sítio de um tio, no bairro Nova Suiça, em Piracicaba, aparece na imagem registrada pela câmera de uma casa - vizinha à da vítima - entregando a arma de fogo para seu irmão, que é maior de idade e deu os tiros em Maria Antonia. De acordo com o capitão Anderson César Navarrete, comandante da 1ª Companhia, a denúncia de que o garoto estaria escondido na chácara chegou pouco antes da hora do almoço. Três soldados começaram a fazer varreduras nas chácaras e foram em, pelo menos, 10 propriedades. Por volta das 16h30 chegaram à chácara do tio do adolescente que, segundo os PM's, a casa fica numa área com bastante mato. O menor estava do lado de fora. "Para resistir à detenção, ele pegou seu sobrinho e colocou como escudo. Depois de 10 minutos de muita conversa, resolveu entregar-se", contou o oficial. Franzino, com apenas 1,45 metro de altura, o menino não se intimidou diante da Polícia Militar, segundo o capitão. O menor teria confessado aos policiais que participou do crime e falado que ficou com raiva pelo fato de a assistente social passar com o carro em cima da bicicleta.  A Gazeta apurou também que um dos envolvidos já foi detido, recentemente, com uma bicicleta roubada. Como havia passado o período de flagrância, ele foi colocado em liberdade e a bicicleta devolvida ao dono.  Buscas O capitão Navarrete disse que os soldados Wilson, Brandt e Severiano e o sargento Izaías ficaram a tarde inteira atrás do menor. "O mérito é deles, que acreditaram na denúncia que chegou ao 190 e já foram patrulhar perto das chácaras não parando até que encontrassem o menino", disse. A polícia tenta agora localizar o autor dos disparos e do outro menor envolvido no crime. Ontem havia informação de que um deles teria deixado a cidade. Destino O delegado Emerson Gardenal fez a recolha do adolescente à carceragem do plantão policial e nesta sexta-feira ele deverá ser ouvido pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Como há mandado judicial, ele deverá ficar à disposição da Vara da Infância e Juventude. Este menor, segundo o capitão Navarrete, já foi abordado várias vezes pela Polícia Militar. Na Polícia Civil tem passagens por roubo e furto. "Infelizmente, vemos hoje cada vez mais menores envolvidos nos crimes e, com a sensação de impunidade, eles passam a ser mais violentos", declarou o oficial. Tios são fichados Quanto aos tios, que deram abrigo ao adolescente na chácara, o delegado elaborou TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), para crimes de menor potencial ofensivo, intitulado como Favorecimento Pessoal. Em seguida, eles foram liberados e poderão ser chamados para prestar depoimentos a qualquer momento. Denúncias O capitão Navarrete destacou a importância das denúncias referentes a criminosos, via 190, mesmo que as pessoas não se identifiquem. "No Castelinho, onde ocorreu o crime, estamos trabalhando o projeto de Vizinhança Solidária, pelo qual um ajuda a cuidar do outro. Lamentamos pela morte da mulher, mas o bairro está protegido"."Contamos sempre com as denúncias da sociedade, que cada vez mais demonstra que tem total confiança na Polícia Militar", completou.

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