A Polícia Civil de São José dos Campos concluiu o inquérito da morte do dentista Alexandre Gaddy Peçanha, de 41 anos, queimado após um assalto ao seu consultório no último dia 27 de maio.
Dois dos cinco suspeitos, de 30 e 23 anos, foram indiciados por latrocínio — roubo seguido de morte. A custódia de três adolescentes foi pedida à Vara da Infância e Juventude.
De acordo com o delegado seccional de São José, Léon Ribeiro Nascimento, o depoimento de uma adolescente de 15 anos foi fundamental para a conclusão do inquérito. Ela teria confessado a participação no crime. Outros três suspeitos envolvidos na ação negam envolvimento — apenas um adolescente ainda não foi ouvido.
Para a polícia, o crime não foi premeditado. A jovem também não esclareceu por que o dentista foi queimado. A polícia ainda aguarda provas materiais como o rastreamento das ligações solicitado às operadores de telefonia celular, que deve mostrar as ligações feitas no dia do crime pelos suspeitos, além da análise das imagens de estabelecimentos próximos ao consultório, para anexar ao inquérito.
A dupla indiciada está presa no Centro de Triagem de Caçapava, onde cumpre prisão temporária. A polícia pediu à Justiça a prisão preventiva (por tempo indeterminado) dos suspeitos, que são da zona leste de São José dos Campos. Os adolescentes estão em liberdade e o julgamento do pedido de apreensão do trio não tem prazo.
O dentista morreu no último dia 3 de junho em São Paulo com mais de 50% do corpo queimado. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos teriam ido ao consultório, na Vila Tatetuba, com o objetivo de assaltar o dentista. A investigação ouviu 14 pessoas por meio de depoimento e mais de 200 foram consultadas informalmente.
