RIO DE JANEIRO

Policiais procuraram ativista baleado, afirma advogado

Manifestante foi baleado por volta de 20h30 desta terça, no centro do Rio. Ele está internado e não corre risco de morrer

Da Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
16/10/2013 às 16:55.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:07

Baleado nos dois braços nesta terça-feira, 15, à noite durante a manifestação no centro do Rio, Rodrigo Gonçalves Azoubel, de 18 anos, foi procurado na madrugada desta quarta-feira (16) por policiais da Corregedoria da Policia Militar (PM) na Clínica São Vicente, onde está internado, afirmou o advogado Marcelo Chalréo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio. "A família afirmou que policiais da corregedoria estiveram aqui de madrugada e a informação que circula entre funcionários do hospital é que a corregedoria esteve aqui, sim. O objetivo claro era recolher o projétil", afirmou. "O recolhimento do projétil, se ele existisse, dificultaria qualquer investigação. É um indício grave. O que querem ocultar? Por que estiveram aqui antes da Polícia Civil?" Chalréo esteve na manhã desta quarta-feira com Azoubel e os parentes dele na clínica particular da Gávea, na zona sul, acompanhado do delegado da 15ª Delegacia de Polícia (DP), Orlando Zaccone, e do advogado da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Thomaz Ramos. Azoubel foi baleado por volta de 20h30 na Rua Santa Luzia, no centro. De acordo com informações preliminares, o tiro atravessou os dois braços. O manifestante foi operado e não corre risco de morrer. "Ele não soube informar de onde veio o disparo. Disse que não ouviu sequer barulho, sentiu uma dormência no braço e teve atendimento de voluntários. Sem esses primeiros-socorros prestados por estudantes de medicina ainda no local, ele poderia estar morto, segundo informações que recebemos no hospital", afirmou o Zaccone. "Aparentemente, foi um tiro de pequena distância. Fotos dos ferimentos indicam a presença de pólvora", disse o advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio. "Só a investigação poderá dizer o que ocorreu. Mas quem participa de manifestações não pode ser tratado à bala", acrescentou. Veja também Palácio Pedro Ernesto foi o mais danificado no Rio Vestígios da violência no confronto após o protesto de professores estavam espalhados por diversos pontos do Centro do Rio Sindicato não apoia o protesto, diz mãe de aluno Segundo ela, representantes do sindicato não foram às delegacias para prestar apoio aos detidos no protesto desta terça Mascarados vandalizam nas ruas de São Paulo e do Rio Integrantes do Black Bloc incendiaram e depredaram prédios públicos, ônibus e até carros da PM Manifestante é ferido por arma de fogo em protesto no Rio Informação foi confirmada por hospital, é a 1ª vez que ativista é ferido por arma de fogo

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