O presidente francês, François Hollande, considerou que a economia da França pode não crescer em 2013, após o anúncio oficial da entrada do país em recessão no primeiro trimestre.
"É provável que o crescimento seja nulo em 2013", declarou Hollande durante coletiva de imprensa em Bruxelas, apesar de o governo ter mantido nesta quarta-feira a previsão de crescimento de +0,1% para este ano.
A França entrou em recessão com a queda 0,2% de seu Produto Interno Bruto no primeiro trimestre, após uma contração semelhante no último trimestre de 2012, segundo o Instituto Francês de Estatística e Estudos Econômicos.
Uma recessão corresponde, tecnicamente, a uma queda do PIB por dois trimestres consecutivos.
O governo manteve sua previsão de crescimento e, segundo o Ministério da Economia, haverá uma recuperação no segundo semestre, "apoiada pelo contexto europeu e pelas medidas adotadas na França".
François Hollande afirmou nesta quarta-feira que a França já "passou pelo momento mais difícil".
"O anúncio da recessão deve ser visto como o anúncio do que acaba de acontecer, e não do que virá", declarou Hollande.
O chefe de Estado francês rejeitou a ideia de que a França será o novo doente da União Europeia. "Há uma recessão na França como em toda a Europa", disse, enquanto o PIB na zona do euro registrou uma queda de 0,2% no primeiro trimestre, assim com a França.
"Será que nós somos um caso à parte? Não", afirmou. "Será que nossa vizinha a Alemanha está em uma situação melhor? De certa forma, sim", acrescentou ele, referindo-se ao aumento de 0,1% do PIB alemão no primeiro trimestre. Mas Hollande ressaltou que a economia alemã registrou uma contração de 0,7% no último trimestre de 2012.
