CONFRONTO

Primeiro de Maio no Chile termina em pancadaria

Manifestação pacífica degenerou quando grupos de encapuzados lançaram coquetéis molotov

01/05/2013 às 19:53.
Atualizado em 27/04/2022 às 13:49

O Dia do Trabalho no Chile foi marcado por uma grande manifestação que terminou em confronto com a polícia e a prisão de 60 manifestantes em Santiago, informaram as autoridades.

Uma multidão com 150 mil pessoas - segundo os organizadores do protesto - percorreu de forma pacífica a Avenida Alameda, a principal artéria de Santiago, mas a manifestação degenerou quando grupos de encapuzados passaram a lançar coquetéis molotov e saquear lojas nas ruas adjacentes, comprovou a AFP no local.

A polícia dos Carabineiros informou uma tentativa de saque frustrada contra uma agência bancária, e que utilizou canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo contra os delinquentes.

Segundo o coronel Hugo Insulza, seis agentes ficaram feridos, quatro por golpes e objetos lançados e dois por queimaduras, e 60 pessoas foram detidas.

Durante o protesto, a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Bárbara Figueroa, convocou uma greve nacional para o próximo dia 11 de julho.

Segundo Figueroa, o Chile precisa de um novo sistema público de aposentadoria, "compartilhado entre trabalhador e empregador", que substitua o atual modelo privatizado, assim como uma nova reforma tributária.

A presidente da maior central sindical do país também criticou a proposta do governo de elevar o salário mínimo dos atuais 394 dólares para 436 dólares, enquanto a CUT exige 531 dólares.

O protesto foi convocado pela CUT e apoiado por organizações de funcionários públicos e estudantes.

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