O Dia do Trabalho no Chile foi marcado por uma grande manifestação que terminou em confronto com a polícia e a prisão de 60 manifestantes em Santiago, informaram as autoridades.
Uma multidão com 150 mil pessoas - segundo os organizadores do protesto - percorreu de forma pacífica a Avenida Alameda, a principal artéria de Santiago, mas a manifestação degenerou quando grupos de encapuzados passaram a lançar coquetéis molotov e saquear lojas nas ruas adjacentes, comprovou a AFP no local.
A polícia dos Carabineiros informou uma tentativa de saque frustrada contra uma agência bancária, e que utilizou canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo contra os delinquentes.
Segundo o coronel Hugo Insulza, seis agentes ficaram feridos, quatro por golpes e objetos lançados e dois por queimaduras, e 60 pessoas foram detidas.
Durante o protesto, a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Bárbara Figueroa, convocou uma greve nacional para o próximo dia 11 de julho.
Segundo Figueroa, o Chile precisa de um novo sistema público de aposentadoria, "compartilhado entre trabalhador e empregador", que substitua o atual modelo privatizado, assim como uma nova reforma tributária.
A presidente da maior central sindical do país também criticou a proposta do governo de elevar o salário mínimo dos atuais 394 dólares para 436 dólares, enquanto a CUT exige 531 dólares.
O protesto foi convocado pela CUT e apoiado por organizações de funcionários públicos e estudantes.