A promotoria militar dos Estados Unidos pediu nesta segunda-feira (19) que o soldado Bradley Manning cumpra pelo menos 60 anos de prisão por ter vazado arquivos confidenciais ao site Wikilieaks. O promotor, capitão Joe Morrow, fez um apelo à juíza militar, coronel Denise Lind, para que aplique uma pena severa, "de forma a dar um recado a qualquer soldado que esteja pensando em divulgar informações secretas". O ex-analista de inteligência júnior, de 25 anos, é acusado de espionagem e fraude eletrônica e pode passar mais de um século na cadeia. A juíza Lind conduz o julgamento em Fort Meade - uma base militar nos arredores de Washington - e decidirá quanto tempo o jovem, que já pediu desculpas, deverá ficar preso. Morrow rejeitou os argumentos da defesa, que alegou que Manning foi ingênuo, mas bem intencionado, ao expor os abusos de conduta dos Estados Unidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Ao contrário, o promotor disse que os vazamentos são "destrutivos" e afirmou que Manning é um "espião determinado que explorou um sistema imperfeito".