Seis iraquianos abandonaram a refugiada, que conseguiu retornar à cidade, onde denunciou o crime
Dezenas de curdos sírios protestaram nesta quinta-feira (9) em frente ao Parlamento curdo iraquiano, exigindo a execução de seis homens acusados do estupro coletivo de uma jovem refugiada. Os homens, todos iraquianos, foram presos após uma refugiada síria de 16 anos ser estuprada pelo grupo na terça-feira na periferia de Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, no norte do Iraque, indicou a polícia. Três dos suspeitos negaram ter participado do ataque, segundo a polícia. A jovem voltava para sua casa em Erbil após o trabalho quando três homens a renderam e a levaram para uma fazenda na periferia, indicou a polícia em um comunicado. No local, ela foi agredida sexualmente pelos três e por mais três que se juntaram ao grupo. Os seis iraquianos abandonaram a refugiada, que conseguiu retornar à cidade, onde denunciou o crime à polícia. Três homens foram presos na quarta-feira, e os demais nesta quinta-feira. "Nós exigimos a pena máxima, a execução, para esses homens", indicou nesta quinta-feira ante o Parlamento, Amama Hassan, uma manifestante. Os manifestantes exibiam faixas nas quais era possível ler: "Não violem a nossa honra" ou "Não fique triste, minha irmã (...), enquanto os criminosos não forem executados, nós não nos calaremos". Mais de 210.000 sírios fugiram da guerra em seu país e se refugiaram no Iraque, a grande maioria estão no Curdistão iraquiano, segundo a ONU. Esta agressão é o mais grave incidente denunciado contra os refugiados sírios curdos.