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República Dominicana suspende diálogo com Haiti

Segundo dominicanos, Haiti não respeita os termos de acordo sobre conflito imigratório

France Press
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28/11/2013 às 10:56.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:31

O governo da República Dominicana convocou na quarta-feira (27) para consultas seu embaixador no Haiti, após a participação de Porto Príncipe na decisão do Mercado Comum Caribenho (Caricom) de adiar a entrada de Santo Domingo. O governo dominicano também cancelou um encontro com representantes haitianos previsto para sábado em Caracas. "Nos vemos na obrigação de convocar para consultas nosso embaixador no Haiti para tratar deste tema com cuidado que merece", disse o vice-chanceler José Manuel Trullols ao embaixador haitiano em Santo Domingo, Fritz Cineas, segundo um comunicado do ministério das Relações Exteriores. "O governo da República Dominicana está altamente preocupado com o desconhecimento demonstrado pelo governo haitiano da Declaração Conjunta assinada pelos dois países na semana passada para buscar soluções aos problemas bilaterais, como o conflito migratório". Após a assinatura do acordo, o Haiti "empreendeu ações contrárias a esta declaração, como ficou evidenciado na recente reunião do Caricom", completa o texto. O Caricom anunciou na terça-feira a suspensão da análise do pedido de entrada da República Dominicana, até a adoção de medidas para resolver o conflito migratório com o Haiti. O Tribunal Constitucional (TC) da República Dominicana negou, em uma decisão de setembro, a nacionalidade aos filhos de imigrantes ilegais, em sua maioria haitianos. Trullols criticou as declarações do chanceler haitiano, Pierre-Richard Casimir, que teria afirmado que a República Dominicana deu "uma interpretação livre" ao acordo conjunto assinado na semana passada, que prioriza o diálogo para a busca de soluções ante qualquer assunto da agenda bilateral. Ele ressaltou que Casimir assinou a Declaração Conjunta ao lado do ministro da presidência dominicana, Gustavo Montalvo. "O governo dominicano entende que, sob tais condições, é muito difícil seguir dialogando com os vizinhos, pois não respeitam os termos do que foi acordado na declaração", completou.

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