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Rússia em risco de recessão devido à crise na Ucrânia

EUA e União Europeia estão impondo sanções aos país por anexação da península da Crimeia

France Press
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26/03/2014 às 20:56.
Atualizado em 27/04/2022 às 19:37

A economia russa, por si só em processo de desaceleração, pode sofrer uma retração de 1,8% este ano se a crise com a Ucrânia se agravar, advertiu nesta quarta-feira (26) o Banco Mundial (BM).A Rússia também pode sofrer uma fuga de capitais de até 150 bilhões de dólares devido à insegurança causada pela anexação da Crimeia, que provocou a condenação dos Estados Unidos e da União Europeia e a pior crise diplomática desde o fim da Guerra Fria."Se o conflito Rússia-Ucrânia se agravar, poderão surgir incertezas sobre as sanções ocidentais e a resposta da Rússia", alerta o relatório."Isso pode prejudicar ainda mais a confiança das empresas e dos consumidores e aumentar a volatilidade do mercado, enfraquecendo as perspectivas de consumo doméstico e de crescimento", explica.Dois cenáriosO relatório prevê dois cenários para a Rússia."As perspectivas dependem amplamente da recuperação da confiança dos empresários e dos consumidores e dos riscos geopolíticos", indica a instituição.No pior dos casos, a contração seria del 1,8% em 2014 e de 2,1% em 2015.Com um impacto limitado da crise na Crimeia, o segundo cenário contemplado pelo BM, a queda do crescimento russo será menos forte, de 1,1% em 2014, e um aumento de 1,3 % em 2015.A Rússia cresceu 1,3 % em 2013, longe das taxas robustas de anos anteriores.O governo de Vladimir Putin diminuiu o ritmo das reformas estruturais o que provocou uma "erosão da confiança dos investidores", nas palavras de especialistas do BC.O atual modelo econômico é fraco e desequilibrado, lembra o Banco.Ainda assim, os novos números do BM são menos pessimistas do que as previsões dos principais bancos e agências financeiras de notação, que preveem um crescimento inferior a 1% este ano.A fuga de capitais, endêmica na Rússia, vai continuar em 2015, até um total de cerca de 80 bilhões de dólares, de acordo com Birgit Hansl, economista do BM e autor do relatório, citado pela agência Ria-Novosti.Em caso de sanções mais duras da comunidade internacional, os números podem piorar, explica.

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