Enfermeiros e advogados se somaram nesta terça à greve de professores e funcionários públicos
As greves de funcionários prosseguiam nesta terça-feira na Grécia pelo segundo dia consecutivo, em particular em escolas e hospitais, para protestar contra os planos do governo de reestruturar a função pública. Funcionários de hospitais e advogados se somaram nesta terça-feira à greve que professores e funcionários de organismos públicos e de ministérios iniciaram na segunda-feira. Dezenas de funcionários do ministério de Desenvolvimento e da principal caixa de pensões IKA, no centro de Atenas, ocupavam os locais para protestar contra as reestruturações previstas pelo governo de coalizão de direita e socialistas do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras. Muitos colégios e centros de ensino públicos e privados de todo o país permaneciam fechados, acatando uma greve de cinco dias prorrogável convocada pelo sindicato de professores de ensino médio Olme, movimento que foi muito seguido na segunda-feira, segundo os sindicatos e o próprio ministério da Educação. Os professores protestam contra as supressões de postos de trabalho e de matérias consideradas como "secundárias" (idiomas, desenho, música) no âmbito da reestruturação da função pública. As universidades também seguem fechadas e rejeitam fornecer ao governo a lista de funcionários de seus serviços que podem ser afastados de suas funções. Os médicos de hospitais se somaram à mobilização iniciando uma greve de três dias até quinta-feira. Seu sindicato, Oenge, pediu "o apoio dos hospitais ameaçados com o fechamento" após as fusões anunciadas pelo governo. Os advogados também iniciaram uma greve de dois dias contra a nova regulamentação da profissão, que reduz a remuneração dos advogados da equipe. Estas mobilizações são preâmbulo de uma greve de 48 horas que afetará na quarta e quinta-feira todo o setor público, convocada pela central sindical do setor público Adedy.