"Vamos pedir documentos a Glenn, mas temos que tomar cuidado com a segurança jurídica dele", afirmou a presidente da CPI, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, instalada na semana passada no Senado, deve pedir autorização ao governo russo para visitar o ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden. O jornalista inglês Glenn Greenwald, que mantém contato com Snowden e tem divulgado informações sobre as ações de espionagem do governo norte-americano, também deve prestar informações à comissão nos próximos dias. "Vamos pedir documentos a Glenn, mas temos que tomar cuidado com a segurança jurídica dele", afirmou a presidente da CPI, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). As informações reveladas no último domingo, 8, pelo programa Fantástico, da Rede Globo, de que os Estados Unidos têm monitorado informações da Petrobras já eram esperadas pela senadora. "A novidade é que o fato veio à tona com documentos. Não é novidade que as empresas sejam alvos prioritários", disse. Além de Glenn, empresas de segurança da informação também devem ser chamadas à CPI para explicar como são realizados os processos de espionagem pela internet. Edward Snowden deixou os Estados Unidos após ter vazado informações sobre o programa de espionagem da NSA. Inicialmente, a agência justificou a coleta de telefonemas americanos como parte de esforços de espionagem contra o terrorismo. Nesta segunda-feira, 9, admitiu angariar informações para prevenir que crimes financeiros possam afetar os mercados internacionais.