Sete pessoas morreram e mais de 260 ficaram feridas nos confrontos de segunda-feira à noite no Cairo entre manifestantes favoráveis ao presidente destituído Mohamed Mursi e as forças de segurança. Cinco pessoas morreram no bairro de Guizeh (sudoeste do Cairo) e duas na área de Ramses, perto de uma das principais pontes sobre o Nilo e da praça Tahrir, anunciou o diretor dos serviços de emergência da cidade, Mohamed Soltan.
O balanço foi confirmado à agência oficial Mena pelo médico Khaled al-Jatib, alto funcionário do ministério da Saúde.
Em Ramses a violência deixou 134 feridos e em Guizeh 130, de acordo com Soltan. Outras seis pessoas foram feridas perto da mesquita de Rebaa al Adawiya.
Os confrontos aconteceram no fim da noite de segunda-feira, após um dia de protestos, durante o qual milhares de partidários de Mursi saíram às ruas.
A polícia informou que quatro agentes ficaram feridos, mas sem explicar se os oficiais estavam incluídos no balanço divulgado pelas fontes médicas.
Quase 100 pessoas morreram em confrontos desde a queda de Mursi, em 3 de e julho, em uma ação das Forças Armadas.
Partidários e adversários de Mursi seguem mobilizados desde que o exército derrubou o presidente. Os primeiros denunciam um "golpe de Estado militar" e os outros afirmam que os militares se limitaram a atender a mobilização popular contra o presidente procedente da Irmandade Muçulmana.