ÍNDIA

Sobe para 91 o número de mortes em tumulto

De acordo com informações da polícia do distrito de Datia, 10 pessoas estão em estado grave

Da France Press
correiopontocom@rac.com. br
13/10/2013 às 11:48.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:57

Ao menos 91 pessoas morreram em um tumulto ocorrido neste domingo (13) em uma ponte em frente a um templo no centro da Índia, anunciou a polícia.  "O número de mortos agora é de 91 pessoas e 10 estão em estado crítico", indicou  D.K. Arya, um funcionário do alto escalão da polícia, sobre o tumulto ocorrido no distrito de Datia, no Estado de Madhya Pradesh. O balanço anterior era de 60 mortos e de uma centena de feridos. Arya indicou que a confusão foi provocada por rumores de que a ponte poderia desabar depois de ter sido atingida por um veículo pesado. Além disso, "teme-se que muitas pessoas tenham caído no rio", acrescentou este funcionário. Atualmente os hindus celebram o fim do festival Navaratri, dedicado ao culto do deus hindu Durga, que atrai milhares de fiéis aos templos, especialmente no norte da Índia. Outras fontes policiais indicaram que 20.000 pessoas estavam na ponte sobre o rio Sindh quando a confusão começou. A multidão se dirigiu durante a madrugada ao local para celebrar o fim do Navaratri, e até 400.000 devotos já estavam dentro ou ao redor do templo de Ratanharg, 350 km ao norte de Bhopal, a capital estatal. Testemunhas do drama denunciaram que a polícia se precipitou contra a multidão com cassetetes, algo que Arya desmentiu. "A polícia utilizou cassetetes durante o período de pânico, o que agravou a situação e fez com que várias pessoas pulassem da ponte", explicou Manoj Sharma, morador de um povoado próximo, ao Times of India. O ministro do Interior do Estado, Uma Shakar Gupta, indicou que a causa do tumulto ainda não era conhecida e negou erros nas medidas de segurança. "A segurança estava garantida, trata-se de um evento anual", disse. O deputado da região, Ashok Argal, culpa, por sua vez, a multidão que se precipitou sobre a ponte. "É falso dizer que a administração geriu mal o evento. Havia tomado as medidas para evitar qualquer incidente dramático", declarou. "As pessoas às vezes se mostram pouco cooperativas e com muita pressa, o que originou este incidente", acrescentou. Segundo o Times of India, a multidão lançou pedras na direção da polícia diante da lentidão das operações de resgate. A densidade de circulação dificultou o acesso aos feridos e o transporte aos hospitais. Cerca de vinte médicos conseguiram, no entanto, chegar ao local da tragédia e os hospitais se preparavam para acolher os muitos feridos, acrescenta o jornal em seu site. O ministro em chefe do Estado, Shivraj Singh Chouan, anunciou uma indenização de 150.000 rúpias (2.000 euros) para as famílias de pessoas mortas e de 50.000 rúpias para os feridos. Os tumultos com vítimas fatais em celebrações religiosas são frequentes na Índia, onde em fevereiro 36 pessoas morreram pisoteadas na peregrinação de Kumbh Mela, às margens do rio Ganges. Em 2011, 102 hindus morreram em outro tumulto no estado de Kerala, e 224 peregrinos faleceram em setembro de 2008 em Johpur. Veja também Ciclone com ventos de 200 km/h atinge a Índia As autoridades preveem que a tempestade passe pelas costas de outros estados indianos    

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