RÚSSIA

Suprema Corte ordena nova análise sobre Pussy Riot

Corte afirma que tribunal não apresentou provas de que as jovens atuaram por "ódio contra grupo social"

France Press
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12/12/2013 às 07:55.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:52

A Suprema Corte da Rússia ordenou uma nova análise da condenação de duas integrantes do grupo Pussy Riot, ao considerar que os motivos do crime não foram provados. A corte enviou o caso ao tribunal municipal de Moscou. Segundo a Suprema Corte, o tribunal de primeira instância não apresentou provas de que as duas jovens atuaram por "ódio contra um grupo social". Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, cada uma com um filho pequeno, cumprem pena de dois anos de prisão em um campo de trabalho por terem cantado em fevereiro de 2012 uma "oração punk" contra o presidente russo, Vladimir Putin, na catedral de Moscou. "O tribunal não examinou a existência ou não de motivos para estabelecer uma condenação condicional até que seus filhos tenham 14 anos, como prevê o Código Penal", destacou a Suprema Corte. O principal tribunal do país também apontou outras circunstâncias não consideradas na condenação, como a idade das jovens acusadas, a situação familiar e o caráter não violento de seus atos. As Pussy Riot, que foram condenadas em 2012 por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso", devem sair da prisão em março de 2014, depois que vários pedidos de libertação antecipada foram rejeitados. A condenação do grupo recebeu muitas críticas no Ocidente.

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