Retorno pode não ser definitivo; sindicato acompanha a votação das emendas à MP dos Portos no Congresso
O secretário do Sindicato dos Estivadores de Santos, Cesar Rodrigues Alves, disse que os trabalhadores do porto devem voltar ao trabalho hoje às 13 horas. O retorno, porém, pode não ser definitivo, já que o sindicato acompanha a votação das emendas à MP dos Portos no Congresso Nacional. "Oficialmente, estamos parados até as 13 horas. Se a votação se prolongar muito lá, vamos voltar ao trabalho. A gente vai acompanhando. Depende das informações de Brasília", disse.
A expectativa do secretário é de que as emendas que interessam aos trabalhadores de Santos sejam votadas nesta tarde. Duas das emendas em pauta, dos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Márcio França (PSB-SP), tratam da situação dos trabalhadores nos futuros portos privados. "Dependendo do resultado da votação dessas emendas, a gente reúne a diretoria e discute nova paralisação", afirmou o secretário. De acordo com o Cesar, entre 300 e 400 estivadores estão parados e há 16 navios atracados sem atendimento.
Já os números da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) são diferentes. Segundo a Codesp, das 39 embarcações atracadas no porto de Santos, 15 delas estão com as operações paradas por conta da greve. A operação mais prejudicada é a de navios de contêineres, que dependem mais de mão de obra humana. Cargueiros de soja, açúcar e combustíveis são menos afetados pela paralisação.
Ainda segundo a Codesp, há neste momento 44 navios esperando para atracar no porto de Santos, um número abaixo da média, que é de 70 embarcações na fila. O porto recebe, em média, de 15 a 20 novos navios por dia.