CARTA

Vencedores do Nobel pedem a Putin que ajude Greenpeace

O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, declarou que carta não foi encaminhada ao destinatário adequado

France Press
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17/10/2013 às 09:49.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:03

Onze vencedores do Prêmio Nobel da Paz escreveram ao presidente russo Vladimir Putin para defender os 30 tripulantes de um barco do Greenpeace detidos em setembro. "Nós escrevemos para pedir que faça tudo o que estiver ao seu alcance para que as acusações excessivas de pirataria contra 28 militantes do Greenpeace, um fotógrafo freelance e um cinegrafista freelance sejam anuladas", afirma a carta, assinada, entre outros, pelo arcebispo sul-africano Desmond Tutu, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, a guatemalteca Rigoberta Menchú e o costarriquenho Oscar Arias. Os 11 signatários, que também incluem a advogada iraniana Shirin Ebadi e a americana Jody Williams, advertem o presidente russo sobre os riscos da exploração de petróleo no Ártico. O barco "Artic Sunrise" foi inspecionado por uma unidade da guarda costeira russa no Mar de Barents (Ártico russo) depois que vários tripulantes, a bordo de botes infláveis, abordaram uma plataforma de petróleo russa e tentaram escalá-la para, segundo eles, abrir uma faixa de denúncia sobre os riscos ecológicos da atividade. Toda a tripulação do barco, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, foi indiciada por "pirataria em grupo organizado", crime que pode ser punido com 15 anos de prisão na Rússia. "Nós pedimos a todos os Estados que façam o máximo possível para proteger este precioso tesouro da humanidade e para que seja liberado de sua dependência da energia petroleira. Como um dos países mais diretamente envolvidos, pedimos que lidere pessoalmente este esforço", apelam os vencedores do Nobel da Paz a Vladimir Putin. O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, declarou que os signatários da carta não escolheram o destinatário adequado. "O presidente tem muito respeito pelos vencedores do Prêmio Nobel e presta grande atenção a sua opinião. Mas neste caso, o presidente não é o destinatário adequado", destacou Peskov. Em setembro, Putin afirmou que os militantes do Greenpeace não eram "piratas", mas violaram a lei. Veja também Mãe de ativista do Greenpeace quer viajar para ver filha Rosângela Maciel saiu satisfeita do encontro com o governador do Rio Grande do Sul Capitão do barco do Greenpeace lamenta a situação Willcox cumpre uma pena de prisão preventiva de dois meses junto a seus tripulantes na Rússia Dilma quer Itamaraty no caso de ativista presa Ministro das Relações Exteriores deve contatar governo russo para soltar a brasileira Ana Paula Maciel Rússia: ativistas serão acusados de outros delitos Segundo investigação em uma revista no barco, foram achados entorpecentes e equipamentos suspeitos Diretor do Greenpeace pede para falar com Putin Os membros da tripulação, em detenção provisória, são acusados de "pirataria em grupo organizado" Justiça rejeita libertação de médica do Greenpeace É acusada de pirataria com 29 pessoas após protesto contra uma plataforma de petróleo no Ártico Ativistas do Greenpeace estão em condições desumanas Eles são transportados entre centros prisionais russos como 'galinhas de uma granja ruim' Greenpeace faz ato pela libertação de ativistas presos De acordo com a organização, 140 cidades em 40 países do mundo fazem atividades neste sábado (5) com o mesmo propósito Rússia indicia outros ativistas por 'pirataria' Na Rússia, o crime de pirataria pode ser punido com uma pena de entre 10 e 15 anos de prisão Brasileira do Greenpeace é indiciada por pirataria Crime pode ser punido com pena entre 10 e 15 anos de prisão, informou a ONG ecológica

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