Os vereadores Jair Montes (PTC) e Marcelo Reis (PV) foram presos na manhã desta quinta-feira (4) em Porto Velho, sob acusação de envolvimento em um esquema de estelionato, tráfico de drogas e falsificação de documentos que movimentou R$ 80 milhões em nove estados. Segundo a Polícia Civil, que deflagrou a Operação Apocalipse, só em Rondônia, a quadrilha movimentou R$ 33 milhões. Entre os bens do bando estão 200 carros, 25 imóveis e 30 empresas.
O objetivo da quadrilha era levantar fundos para financiamento de campanhas eleitorais. Dos candidatos eleitos, a quadrilha exigia favores pessoais e cargos, mas a maior parte desses cargos era fantasma, para que os contracheques pudessem ser usados na abertura de novas contas e compras e retroalimentar a organização criminosa.
O vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Eduardo Rodrigues (PV) também tem um mandado de prisão expedido em seu nome. Os vereadores Cabo Anjos (PDT) e Pastor Delson Moreira (PRB) têm contra si mandados de busca e apreensão.
Os deputados estaduais de Rondônia Hermínio Coelho (PSD) (presidente da Assembleia Legislativa), Jean Oliveira (PSDB), Cláudio Carvalho (PT), Ana da 8 (PTdoB) e Adriano Boiadeiro (PRP) foram afastados preventivamente de suas funções por 15 dias e estão proibidos de entrarem na Casa. O presidente Hermínio Coelho também foi afastado da presidência da Assembleia. As empresas Thales Veículos, Saga e Sabenauto são acusadas de envolvimento no esquema.
Também foram presos na operação Roberto Rivelino Guedes, filho do deputado Hermínio Coelho, o presidente do Partido Humanista da Solidariedade - PHS em Rondônia, Herbert Lins e o dono de uma concessionária de veículos na capital, o empresário Thales Prudêncio Paulista.
Os chefes da quadrilha serão indiciados pelos crimes de financiamento do tráfico de drogas, associação ao tráfico, estelionato e falsificação de documentos.