Policiai militares “socorrem” vítima em parada cardiorrespiratória (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
Todas as formas corretas de se prestar um socorro, seja para um companheiro de farda ou para qualquer outra pessoa da sociedade, foram treinadas ontem por 10 policiais militares do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de Piracicaba, no curso de Atendimento Pré Hospitalar Tático (PH).
Entre tantas táticas de aperfeiçoamento, eles receberam um reforço de como é socorrer pessoas feridas, baleadas, seja qualquer cidadão civil ou até mesmo um companheiro de farda.
O curso aconteceu na sede do Batalhão, que fica às margens da rodovia do Açúcar, no bairro São Francisco, e contou primeiro com uma aula teórica e depois os militares foram para a prática.
Paes Leme, instrutor do curso, mostrou que para fazer uma massagem cardíaca é necessário saber posicionar as mãos de forma correta sobre o tórax da vítima.
Demonstrou, também, que é preciso ser bastante ágil entre fazer a massagem e acionar o socorro. Se o policial está sozinho, enquanto tenta ressuscitar alguém e liga para uma central de emergência, por exemplo, ele pode continuar realizando a manobra de ressuscitação e deixar o celular no viva-voz.
Se há dois ou mais, enquanto um faz a manobra outro PM pode acionar o socorro. “Tempo é vida”, disse o instrutor. Ele demonstrou, ainda, como se deve usar o Desfibrilador Automático (DEA) - aparelho utilizado em paradas cardíacas e que tem como função descarregar carga elétricas na parte torácica.
Na hora de emitir o choque na vítima, por exemplo, se alguém está com as mãos nela pode receber a descarga também. “Estamos aqui para somar conhecimento. Ees não vão só aprender a conter grandes hemorragias, mas também a dar suporte básico de vida que envolve RCP em adultos e crianças”, acrescentou Paes Leme.
“O Baep é ostensivo e está nas ruas. A qualquer momento a população pode chamar e os policiais vão estar prontos a atender”, explicou.
Para o comandante do Batalhão, tenente-coronel Gaspar, esse treinamento é para os policiais que estão em missão de confronto, troca de tiros, e têm necessidade de tirar uma pessoa ferida do local da ocorrência. Por isso que é Atendimento Pré Hospitalar Tático.
“Os 10 policiais do Baep que eu separei para esse curso são instrutores para PH. Eles estão fazendo uma atualização, na verdade. Pelos equipamentos que ele tem dá para simular, como se estivessem fazendo socorro na vítima, e corrigir os detalhes’, acrescentou.
Desde novembro, quando Gaspar assumiu o comando do 10º Baep, os policiais passaram por diversos treinamentos e, de acordo com ele, outros virão em breve.
