INTERNACIONAL

350 milhões de pessoas expostas a uma forma grave de COVID-19, afirma estudo

Quase 350 milhões de pessoas no mundo podem sofrer uma forma grave de COVID-19, o que exigiria hospitalização em caso de contágio, afirma um estudo britânico publicado nesta terça-feira

AFP
16/06/2020 às 06:50.
Atualizado em 27/03/2022 às 17:03

Quase 350 milhões de pessoas no mundo podem sofrer uma forma grave de COVID-19, o que exigiria hospitalização em caso de contágio, afirma um estudo britânico publicado nesta terça-feira.

O novo coronavírus afeta de maneira muito desigual as pessoas em função de múltiplos fatores, relacionados com o estado de saúde, a idade e o sexo, entre outros.

Assim, o SARS-CoV-2 deixa incólume a imensa maioria das crianças e jovens que têm boa saúde, ao mesmo tempo que afeta duramente as pessoas mais velhas, que sofrem de doenças crônicas como o diabetes.

Um grupo de cientistas britânicos tentou estabelecer para 188 países os riscos diferenciados das populações, de acordo com a idade, sexo e estado de saúde.

Os resultados, publicados na revista médica britânica The Lancet Global Health, mostram que 1,7 bilhão de pessoas, ou seja, 22% da população mundial, apresentam ao menos um fator de risco que as torna mais suscetíveis de contrair uma forma grave de COVID-19.

Entre estas, 349 milhões de pessoas estão particularmente expostas e precisariam ser hospitalizadas em caso de contágio com o novo coronavírus.

"Agora que os países saem do confinamento (...) esperamos que estas estimativas ofereçam um ponto de partida útil aos governos que buscam como proteger os mais vulneráveis de um vírus que continua circulando", comentou o principal autor do estudo, Andrew Clark, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM).

O cientista propõe um reforço das recomendações de distanciamento social e das medidas de higiene às pessoas mais vulneráveis e que estas sejam consideradas prioritárias em futuras campanhas de vacinação.

A proporção de habitantes com maior risco é menor em regiões onde a população é mais jovem, caso da África (16%). Na Europa a taxa sobe a 31%.

"Mas uma proporção elevada de casos graves pode ser fatal na África", devido aos sistemas de saúde muito precários, afirmou Andrew Clark.

Paralelamente, ilhas como Maurício e Fiji apresentam um risco particular, devido aos elevados índices de diabetes entre a população, de acordo com o estudo.

ot/abb/app/zm/fp

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