INTERNACIONAL

A 100 dias das Olimpíadas, coronavírus alimenta temores

A tocha olímpica atravessa atualmente o Japão e atletas de todo o mundo intensificam seus treinos para os Jogos de Tóquio, mas a 100 dias do evento, nesta quarta-feira (13), os organizadores ainda enfrentam desafios monumentais

AFP
18/04/2021 às 02:12.
Atualizado em 22/03/2022 às 00:27

A tocha olímpica atravessa atualmente o Japão e atletas de todo o mundo intensificam seus treinos para os Jogos de Tóquio, mas a 100 dias do evento, nesta quarta-feira (13), os organizadores ainda enfrentam desafios monumentais.

A persistência da pandemia, inclusive no Japão, atrapalha os preparativos para os Jogos e alimenta a incerteza quanto à possibilidade, e oportunidade, de organizar o evento este ano (previsto para 23 de julho a 8 de agosto).

Eventos-teste de diferentes modalidade foram adiados, o revezamento da tocha olímpica foi reduzido ao mínimo e novas restrições sanitárias estão em vigor em Tóquio e outras cidades japonesas.

Apesar de tudo, o tom dos organizadores e dos dirigentes olímpicos é de confiança, suas declarações públicas se concentram mais na forma como os Jogos vão acontecer.

Eles têm motivos para estar otimistas: o revezamento da tocha olímpica começou em Fukushima (nordeste) no mês passado (embora os espectadores tenham sido impedidos de comparecer à largada e à primeira etapa), e as campanhas de vacinação começaram em muitos países, enquanto algumas equipes olímpicas já foram vacinadas.

O Japão não exige que os participantes dos Jogos sejam vacinados, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) incentiva a vacinação e obteve doses fabricadas na China para atletas de países que não tiveram acesso.

No Japão, os eventos esportivos continuam, com um número limitado de espectadores, e os torcedores já seguem as regras que serão aplicadas nos Jogos, principalmente a proibição de torcer.

A decisão da Coreia do Norte de não participar dos Jogos de Tóquio devido ao vírus não teve efeito bola de neve, já que os atletas parecem impacientes para o palco internacional.

"Esses últimos meses têm sido motivadores para nós", declarou na semana passada a nadadora americana Katie Ledecky, cinco vezes medalha de ouro olímpica. "Nós realmente queremos mostrar ao mundo todo o trabalho que fizemos".

No Japão, a nadadora Rikako Ikee despertou entusiasmo ao ganhar uma vaga na equipe olímpica de revezamento, apenas dois anos após ser diagnosticada com leucemia.

Mas as notícias estão longe de ser todas positivas. O ressurgimento do coronavírus forçou o governo japonês a impor novamente restrições três semanas após o levantamento das precedentes.

Em Osaka (oeste), o governador proibiu o revezamento da tocha olímpica em vias públicas: acontecerá em um parque fechado aos espectadores.

Um evento-teste de polo aquático foi cancelado devido a restrições nas fronteiras japonesas. Outros torneios de qualificação foram adiados.

Apesar desses problemas, os organizadores das Olimpíadas de Tóquio-2020 se dizem confiantes e "prontos para organizar Jogos seguros".

Eles publicaram "manuais" listando as medidas antivírus, que serão atualizadas este mês, na esperança de dissipar os temores de um público japonês que ainda se opõe em grande parte ao evento, já adiado em um ano devido à pandemia, uma novidade em tempos de paz.

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