INTERNACIONAL

A destruição de empregos provocada pela COVID-19 no mundo

A pandemia de coronavírus ameaça setores inteiros da economia mundial, entre eles os aéreo, automobilístico e de distribuição

AFP
18/08/2020 às 10:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:28

A pandemia de coronavírus ameaça setores inteiros da economia mundial, entre eles os aéreo, automobilístico e de distribuição.

Os planos de demissões em massa representam apenas a ponta do iceberg de uma crise que afeta vários pequenos negócios e destruiu muitos empregos precários, sem gerar grande cobertura na mídia.

Duas das principais companhias aéreas da América Latina, o grupo chileno-brasileiro LATAM e a colombiana Avianca, pediram concordata em maio nos Estados Unidos. Outras empresas menores, como a sul-africana South African Airways e Comair, a britânica Flybe ou as subsidiárias francesa e austríaca da Level (IAG) tiveram de encerrar suas atividades.

Em processo de falência, a gigante australiana Virgin Australia foi adquirida por uma empresa americana.

Outras adotaram cortes drásticos, como as americanas American Airlines (mais de 41.000 demissões), United Airlines (até 36.000) e Delta Airlines (10.000), além da alemã Lufthansa (22.000), da Air Canada (pelo menos 19.000) e das britânicas British Airways (12.000), Easy Jet (4.500) e Virgin Atlantic (3.150).

Este foi também o caso da Air France (7.500), da australiana Qantas (6.000), da escandinava SAS (5.000), da irlandesa Ryanair (3.250) ou da Icelandair (2.000) e da Brussel Airlines (1.000).

Para limitar os danos, a Alemanha teve que resgatar a Lufthansa e a Condor, e a França e a Holanda fizeram o mesmo com a Air France-KLM. Itália e Portugal apostaram na nacionalização da Alitalia e da TAP, respetivamente.

Entre as construtoras aeronáuticas, a Boeing já anunciou que vai demitir 16.000 trabalhadores, a Airbus 15.000, a canadense Bombardier 2.500, enquanto as fabricantes de motores General Electric e Rolls-Royce vão cortar 12.600 e 9.000 empregos, respectivamente.

Nos serviços aeroportuários, o grupo Swissport vai cortar 4.000 empregos no Reino Unido.

No turismo, o grupo líder mundial no setor de TUI vai destruir 8.000 postos de trabalho.

A perda de 15 mil empregos na Renault e a falência da locadora americana Hertz simbolizam a crise do setor automobilístico.

São apenas a ponta do iceberg em um setor em que a Nissan anunciou o fechamento de uma fábrica em Barcelona com 3.000 trabalhadores, enquanto a todo-poderosa BMW cortará 6.000 empregos.

No Reino Unido, mais de 6.000 demissões já foram anunciadas, principalmente nos grupos Jaguar Land Rover, Aston Martin, Bentley e McLaren.

A fabricante sueca de caminhões Volvo também cortará 4.100 empregos em todo o mundo.

Entre as fabricantes de equipamentos, a francesa Valeo anunciou 12.000 demissões.

A pandemia também foi fatal para várias redes comerciais.

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