FEIRA

A força da união de uma comunidade

Moradores de Ártemis e do Lago Azul realizam projeto de geração de renda e lazer para moradores

Adriana Ferezim
adriana.ferezim@gazetadepiracicaba.com.br
26/10/2020 às 21:18.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:20

Feira Cooperativa Ártemis e Lago Azul foi realizada na Estação Ferroviária do distrito (Divulgação)

A primeira edição da Feira Cooperativa Ártemis e Lago Azul reuniu 17 expositores na sexta-feira (23), na Estação Ferroviária do distrito. Todos são moradores dos bairros. Eles se uniram para realizar o evento como forma de minimizar os impactos causados no emprego e na renda pela crise econômica e a pandemia da Covid-19. A próxima feira já está marcada para o dia 6 de novembro, das 18h às 22h, respeitando as medidas de segurança, uso de máscara e restrições por causa do risco de contaminação do novo coronavírus. Os participantes afirmaram que se surpreenderam com o resultado e já estão ansiosos pela próxima feira. Segundo o líder comunitário Josef Borges, a proposta era antiga, mas ela foi possível no momento que a comunidade tomou a iniciativa. “A discussão da feira teve início no grupo de moradores do WhatsApp há pouco mais de um mês. A ideia foi promover algo para ajudar os moradores a venderem e a divulgarem seus produtos. Muitos estão desempregados, outros precisam melhorar a renda e assim a ideia da feira se tornou realidade”, afirmou Borges. Todo o projeto foi apresentado à prefeitura e recebeu apoio da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (Semtre), que deu a licença de permissão de venda para 21 moradores e a Associação dos Moradores do Distrito de Ártemis cedeu o espaço da estação, sem cobrança de taxa. Participaram 10 moradores que fazem produtos artesanais e sete com alimentos.“A Semtre gostou da iniciativa. A feira se tornou um projeto-piloto, que se der certo, poderá ser levado para outros bairros”, comentou Borges. Ele ressaltou ainda que a feira é também uma opção de lazer dos moradores e uma forma dos jovens avaliarem o evento como uma oportunidade para empreender. “O mercado de trabalho para eles está difícil. Se quiserem iniciar um negócio, encontrarão uma oportunidade no bairro”, afirmou. O público prestigiou o evento e se mostrou consciente com relação aos cuidados com a Covid-19. “O rodízio do público foi contínuo e não houve aglomeração. Muitas pessoas foram com as famílias, as crianças, o que tornou a feira também um momento de lazer e integração entre as famílias”, afirmou Borges. Expectativa superada Patrícia e Ronaldo Macedo há seis meses passaram a produzir em casa, no Lago Azul, salgados congelados. Na feira, eles venderam e divulgaram o produto. “O resultado de público e venda superou as nossas expectativas. Como lidamos com público, sabemos que não está fácil para ninguém, para vender ou comprar. Mas uma iniciativa como essa, bem organizada e que ajuda muita gente da comunidade foi gratificante participar”, disse ela que estará na próxima edição e acredita que com o incentivo, a produção dos salgados seja mesmo consolidado como o empreendimento da família. Para as irmãs Jaqueline de Oliveira e Maria de Oliveira Correa, a feira foi “maravilhosa”. Elas produzem pães caseiros, doces e salgados. “Sempre fizemos esses alimentos em família. Mas começamos a vender para a família e amigos. Eu para ajudar na renda porque só meu marido trabalha e eu cuido do meu filho especial. Minha irmã perdeu o marido e o filho num acidente de carro e precisa de uma renda. Ficamos muito felizes com o resultado da feira. Recebemos muito apoio para poder participar e espero que o projeto não acabe e dê muito certo”, comentou Jaqueline.

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