INTERNACIONAL

À luz da covid-19, chefe da ONU pede reforma do Conselho de Segurança

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pronunciou-se, nesta sexta-feira (11), a favor de uma reforma do Conselho de Segurança para fortalecer o multilateralismo e dar voz aos países emergentes, ao lamentar a realidade de quem luta sozinho contra a covid-19

AFP
11/12/2020 às 14:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:12

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pronunciou-se, nesta sexta-feira (11), a favor de uma reforma do Conselho de Segurança para fortalecer o multilateralismo e dar voz aos países emergentes, ao lamentar a realidade de quem luta sozinho contra a covid-19.

"Infelizmente, os governos não estabeleceram uma resposta conjunta para esta ameaça mundial", declarou Guterres durante uma intervenção virtual, devido à crise sanitária, durante o Fórum do Prêmio Nobel da Paz em Oslo.

Este fórum, que se realizou no dia seguinte à entrega remota do Prêmio Nobel da Paz ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), teve como tema "a cooperação internacional após a covid-19".

"A resposta tem sido desordenada e caótica, com países, regiões e até cidades competindo entre si por bens essenciais e os trabalhadores na linha de frente", disse ele, neste discurso gravado.

O secretário-geral da ONU não deu exemplos precisos para apoiar suas palavras, mas pediu reformas para corrigir as "desigualdades que estão na raiz das relações mundiais atuais".

"Nações que triunfaram há mais de sete décadas se recusaram a considerar as reformas necessárias. A composição e os direitos de voto no Conselho de Segurança das Nações Unidas e nos conselhos de administração do sistema de Bretton Woods são um bom exemplo disso", frisou.

"Muitos países africanos sequer existiam como Estados independentes há 75 anos. Eles merecem o lugar que lhes cabe na mesa mundial. Em termos mais gerais, o mundo em desenvolvimento deve contar uma voz muito mais forte no processo de decisões mundial", completou.

O Conselho de Segurança tem 15 membros: cinco permanentes e com poder de veto - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido - e dez não permanentes. Metade destes últimos se renova a cada ano.

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