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A turbulenta vida afetiva de Maradona

Um casamento com a namorada da adolescência, no qual teve duas filhas adoradas, disputas legais, brigas familiares turbulentas e uma lista de outros filhos reconhecidos pouco a pouco forjaram a vida afetiva e familiar do astro do futebol Diego Maradona, falecido nesta quarta-feira (25) aos 60 anos

AFP
25/11/2020 às 16:51.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:25

Um casamento com a namorada da adolescência, no qual teve duas filhas adoradas, disputas legais, brigas familiares turbulentas e uma lista de outros filhos reconhecidos pouco a pouco forjaram a vida afetiva e familiar do astro do futebol Diego Maradona, falecido nesta quarta-feira (25) aos 60 anos.

A princípio, sua relação com a esposa, Claudia Villafañe, mãe de Dalma e Gianinna, foi harmoniosa.

Com o passar dos anos, vieram à tona suas aventuras amorosas, junto com as drogas, as festas e os excessos emocionais.

A justiça provou a paternidade de dois meninos e uma menina com diferentes mulheres e há pelo menos um punhado de possíveis rebentos em investigação, tudo em meio ao naufrágio do seu casamento.

Maradona manteve sempre um forte compromisso afetivo com seus pais, "Don" Diego Maradona e Dalma Salvadora "La Tota" Franco, originários da humilde província de Corrientes (nordeste). Ele nunca deixou de ajudar seus sete irmãos.

Nasceu e viveu a infância em Fiorito, uma comunidade ao sul da capital. Era irmão de Ana, Rita, Elsa, Rosa, Raúl, Hugo e Claudia.

Os irmãos Raúl ("Lalo") e Hugo ("El turco") tentaram seguir seus passos. "Lalo" chegou a jogar no Deportivo Municipal do Peru. Jogou futebol de salão pelo Toronto, do Canadá.

"El Turco" foi um "globetrotter" do futebol. Passou pelo Ascoli (Itália), Rayo Vallecano (Espanha), Rapid Viena (Áustria), Future Shizuoka e Fukuoka Blux (Japão), entre outros clubes. Também jogou em seleções juvenis argentinas.

Em 1977, Maradona conheceu Villafañe em um local de dança. Doze anos depois, no auge de sua trajetória, casaram-se com pompa no estádio Luna Park de Buenos Aires, em uma festa para 1.200 convidados.

"Se os namorados das minhas filhas as fizerem chorar duas ou três vezes vão sofrer um acidente", ameaçava em uma prova de sua devoção pelas jovens, emocionado até as lágrimas.

Depois de se divorciar de Villafañe, acusou-a na justiça de ser "ladra" de bens e lembranças suas. A relação com as filhas esfriou até chegar ao rompimento.

"Dalma e Gianinna escolheram ficar com quem não é um bom exemplo de mãe", disse, mudando de ideia sobre as duas.

Villafañe disse que a denúncia do ex-marido era "uma difamação". O imbróglio legal levou anos e a mulher recebeu uma sentença desfavorável, mas o caso continuou aberto pelas apelações.

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