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Abril é mês mais letal da pandemia com 82.401 vidas perdidas

O Brasil registrou 2.870 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 30. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 2

Estadão Conteúdo
30/04/2021 às 20:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 02:40

O Brasil registrou 2.870 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 30. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 2.523, ainda em número bastante elevado e exatamente o mesmo número do dia anterior.

O mês de abril teve no total 82.401 mortes por covid-19, superando março, que já tinha sido um mês de recorde, com 66.868 óbitos. Os outros dois meses de 2021 já vinham apresentando uma alta grande no número de vítimas: janeiro (29.558) e fevereiro (30.484).

Após superar a marca de 400 mil mortes pela doença, o País ainda tem números grandes da pandemia. Segundo a Fiocruz, a pandemia parece estar desacelerando um pouco neste momento, mas ainda continua em patamares críticos e com números elevados de mortes. Até por isso, os pesquisadores recomendam manter o distanciamento físico e social para que a doença não volte a ter um ritmo mais alto de transmissão.

Com transmissão descontrolada do vírus, o País viveu o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos recorreram a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus, mas também muitos flexibilizaram as medidas. Já o presidente Jair Bolsonaro continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia. E para completar o cenário, nesta semana foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, para analisar os erros e omissões dos governantes na pandemia, incluindo o próprio presidente.

Nesta sexta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 72.571. No total, o Brasil tem 404.287 mortos e 14.665.457 casos da doença, a segunda nação com mais registros de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.

O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira um número alto de mortes por coronavírus, totalizando 659. Outros seis Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Rio de Janeiro (441), Minas Gerais (298), Ceará (295), Rio Grande do Sul (198), Paraná (168) e Pará (102).

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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