INTERNACIONAL

Acordo diplomático entre Sudão e Israel divide o Oriente Médio

Sudão e Israel fecharam um acordo nesta sexta-feira (23) para normalizar suas relações, sob os olhos atentos do presidente americano, Donald Trump, uma aproximação histórica celebrada por aliados do Oriente Médio e duramente criticada pelos palestinos e pelo Irã

AFP
25/10/2020 às 20:49.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:14

Sudão e Israel fecharam um acordo nesta sexta-feira (23) para normalizar suas relações, sob os olhos atentos do presidente americano, Donald Trump, uma aproximação histórica celebrada por aliados do Oriente Médio e duramente criticada pelos palestinos e pelo Irã.

O Sudão é o terceiro país árabe a anunciar desde agosto o estabelecimento de relações com o Estado judeu, depois dos Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.

Estas foram as principais reações após o anúncio:

"GRANDE vitória para os Estados Unidos e para a paz no mundo. Sudão aceitou um acordo de paz e normalizou (sua relação) com Israel", tuitou Donald Trump.

"Temos pelo menos cinco (países árabes) que querem se juntar", disse Trump, em uma conversa por telefone com os primeiros-ministros do Sudão e Israel, pouco depois do anúncio.

Sudão confirmou na noite de sexta-feira o estabelecimento de suas relações com Israel, o que deve "encerrar o estado de agressão" reinante entre os dois países por muitas décadas, informou a televisão estatal sudanesa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como uma "mudança formidável" a evolução das relações diplomáticas com o Sudão.

"Hoje Cartum disse sim à paz com Israel, sim ao reconhecimento de Israel e à sua normalização com Israel", celebrou Netanyahu, agradecendo os líderes sudaneses e ao presidente americano.

A presidência palestina condenou e rejeitou o acordo com "o país de ocupação israelense que usurpa terras palestinas".

"Não tem o direito de falar em nome do povo palestino e da causa palestina", afirmou.

Hazem Qasem, porta-voz oficial do Hamas -movimento islâmico no poder na Faixa de Gaza-, criticou com dureza este acordo, classificando-o como "pecado político que prejudica o povo palestino e sua justa causa, prejudica também o interesse nacional do Sudão (...) e só beneficia a Netanyahu".

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