Agentes censitários entram em greve

Com salários atrasados e sem auxílio-alimentação de junho e julho, agentes censitários paralisam as atividades e aguardam decisão do IBGE. A categoria alega também ausência de explicações precisas, atrasos na entrega e no funcionamento de equipamentos. Há ainda cronograma incompatível com a realidade oferecida pelo IBGE, ambiente físico impróprio para o exercício da função.

“Esse é o cotidiano dos Agentes Censitários do Posto de Ártemis, que compreende também a região de Santa Teresinha”, explicam em nota. 

Por decisão unânime em assembleia realizada em 07 de julho, os Agentes votaram pela paralisação até que todos os colegas recebam o pagamento e o auxílio-alimentação.

A chamada coleta de dados do entorno urbano da cidade deveria ter iniciado no último dia 20 de junho, contudo problemas nos equipamentos atrasaram as atividades de 3 a 9 dias para cada Agente Censitário. O tempo foi utilizado para atualização de mapas físicos (papel), além de preparação do curso que será oferecido aos novos recenseadores. 

“O trabalho de campo, já acumulado, atrasa ainda mais por problemas de GPS que não reconhecem algumas das coletas feitas, dentre outras inconsistências. Também houve demora na entrega dos chips, o que obrigou os Agentes a utilizarem os celulares pessoais ao mesmo tempo, no posto e na rua”. 

Segundo os Agentes, o IBGE foi notificado inúmeras vezes dessas e de outras urgências, como dos carregadores portáteis de tablet ainda não entregues e necessários para o trabalho de campo. A sede oferecida aos Agentes de Ártemis é outro problema. Minúscula, possui apenas um banheiro, com vazamento de água na caixa, o que obriga o registro a ficar fechado. O espaço não comporta o acolhimento dos novos recenseadores, mesmo que divididos em pequenas equipes.