O governo alemão deverá recorrer novamente à emissão da dívida no ano que vem para financiar um déficit orçamentário importante, devido ao prolongado impacto da pandemia, anunciou o ministro das Finanças
O governo alemão deverá recorrer novamente à emissão da dívida no ano que vem para financiar um déficit orçamentário importante, devido ao prolongado impacto da pandemia, anunciou o ministro das Finanças.
"Vamos ser obrigados igualmente no ano que vem a pedir uma exceção à regra de limitação do endividamento" público na Alemanha para financiar o orçamento, "para utilizar meios consideráveis que protejam a saúde dos cidadãos e estabilizem a economia", declarou Olaf Scholz ao grupo de imprensa regional Funke.
A regra a que o ministro social-democrata faz alusão está inscrita na Constituição alemã desde 2011, e é conhecida como "freio ao endividamento". Proíbe a princípio que o governo federal pegue emprestado a cada ano mais de 0,35% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
Em circunstâncias excepcionais, o governo pode de qualquer forma pedir à Câmara dos deputados autorização para ultrapassar esse limite.
Isto ocorreu há alguns meses, quando Berlim conseguiu uma permissão para emitir dívida federal no montante de 218,5 bilhões de euros (US$ 258 bilhões).
A Alemanha, tradicional campeã do rigor orçamentário e que acumulava excedentes todos os anos, romperá, assim, pelo segundo ano consecutivo, esta ortodoxia monetária.
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