INTERNACIONAL

Alemanha se prepara para reforçar combate à covid-19

As autoridades alemãs se preparam para reforçar o combate à terceira onda da covid-19, sob o risco de mergulhar um pouco mais o país na estagnação e alimentar o descontentamento da população

AFP
25/03/2021 às 20:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 04:54

As autoridades alemãs se preparam para reforçar o combate à terceira onda da covid-19, sob o risco de mergulhar um pouco mais o país na estagnação e alimentar o descontentamento da população.

A chanceler Angela Merkel e as regiões alemãs se reúnem na segunda-feira (22) para discutir a estratégia a ser tomada.

Mas, embora devesse ser dedicada à flexibilização do confinamento parcial, a agenda mudou completamente em face da disseminação da variante britânica do vírus.

No documento preparatório do encontro, obtido neste domingo pela AFP, várias regiões pedem que as restrições em vigor no país, em teoria até ao final de março, sejam "prorrogadas" em abril. A data exata será determinada na segunda.

O documento fala de uma "dinâmica exponencial" das infecções.

A taxa de incidência nacional ultrapassou hoje a marca simbólica de 100 (103,9), o que desencadeia "travas de emergência", ou seja, novas restrições ou anulações das flexibilizações decretadas recentemente.

"Infelizmente, teremos de usar essas travas", alertou Angela Merkel na sexta-feira. Ela é apoiada por várias autoridades regionais, incluindo um dos favoritos para sucedê-la no poder, o bávaro Markus Söder.

Em três semanas, a situação mudou completamente na Alemanha. De "bom aluno" europeu no gerenciamento da pandemia para ameaçado por uma terceira onda.

A reabertura prevista para 4 de abril em caso de melhoria dos indicadores, parece agora ser uma perspectiva distantes.

Sem esperar, a cidade de Hamburgo, onde a incidência é superior a 100, decidiu na sexta reverter as flexibilizações decididas no início de março e a anunciada reabertura de zoológicos, museus e estabelecimentos comerciais.

Os distritos do Land de Brandemburgo, que circunda Berlim, um dos mais afetados pela pandemia, devem seguir o mesmo caminho.

"É bem possível que na Páscoa tenhamos uma situação semelhante à que vivemos antes do Natal, com um número muito alto de casos, muitos casos graves, mortes e hospitais lotados", alertou Lars Schaade, do instituto de vigilância sanitária RKI.

A Alemanha acredita na intensificação de sua campanha de vacinação para interromper essa dinâmica.

As vacinações com a vacina AstraZeneca recomeçaram na sexta, após quatro dias de interrupção, e mais de 7 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose, o que representa menos de 10% da população.

Mas "uma análise honesta da situação mostra que ainda não existem vacinas suficientes na Europa para travar a terceira onda apenas pela vacinação", admitiu o ministro da Saúde, Jens Spahn.

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