CUSTO DE VIDA

Alta no valor da cesta básica, em Piracicaba

Conjunto de mantimentos teve aumento de 1,93% em fevereiro

Da Redação
correiopontocom@rac.com.br
09/03/2019 às 22:56.
Atualizado em 28/04/2022 às 00:10

O preço do feijão foi um dos destaques da análise (Divulgação)

Segunda-feira, 11 de março de 2019 O preço médio da Cesta Básica de Piracicaba ICB - Esalq/Fealq, calculado pela Empresa Júnior de Economia e Administração (Ejea), para o mês de fevereiro, aumentou 1,93% em relação ao mês anterior, passando de R$ 552,25 para R$ 562,90. A categoria Alimentos aumentou 2,62%, passando de R$ 439,80 para R$ 451,33. Na categoria Limpeza Doméstica houve queda de 1,72%, passando de R$ 56,69 para R$ 55,71. A categoria Higiene aumentou 0,17%, passando de R$ 55,76 para R$ 55,86. Os produtos com destaque nesta análise são o feijão, a batata e a muçarela. O preço do feijão aumentou 25,38% no último mês, passando de R$ 4,13/quilo, para R$ 5,18/quilo. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz), divulgado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon), da Unila, este aumento foi causado pela redução da produtividade e questões climáticas. O produto teve sua rentabilidade reduzida a partir do final do ano de 2018, fazendo com que alguns produtores migrassem para outras culturas, assim, ocorreu redução da produção em cerca de 21%. Outro fator de impacto foi o clima quente, que afetou o desenvolvimento do feijão. O preço médio da muçarela aumentou 9,88%, passando de R$ 28,36 para R$ 31,16/quilo. Segundo as pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço do leite ao produtor aumentou expressivamente de janeiro para fevereiro, registrando a maior média para um mês de fevereiro, em termos reais, desde 2004. O movimento de alta no campo está relacionado à oferta limitada em janeiro, que ficou abaixo das expectativas e aumentou a competição entre os laticínios para assegurar a compra da matéria-prima. A atividade foi prejudicada pela estiagem no Sudeste e Centro-Oeste e o excesso de chuvas no Sul. Além disso, no final do ano de 2018, houve desestímulo à produção de leite, em razão da queda da receita e a alta nos custos de produção. Somado a isso, houve ainda assimetrias de informações e ações especulativas sobre o produto. Os efeitos combinados desses fenômenos diminuíram ainda mais a confiança de produtores em seguir aumentando a produção. O preço médio mensal da batata aumentou 19,85% em fevereiro, passando de R$ 3,17/quilo, para R$ 3,80/quilo. De acordo com o Cepea, esse cenário foi causado pela redução de 13% no volume da safra em relação à temporada passada. Nas regiões de lavouras ocorreram fortes chuvas que prejudicaram a colheita do produto, fazendo com que seus preços impulsionassem nos mercados. Outro fator que contribuiu para a menor oferta e o consequente aumento nos preços, foi a queda na qualidade. Muitas batatas miúdas, provenientes da região do Cerrado Mineiro, estão abaixo dos padrões ideais para a comercialização, passando a serem utilizadas como batata-semente, já que não possuem qualidade para venda no Varejo.

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