Promotores de Washington acusaram um cidadão americano de adesão ao grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, informou o Departamento de Justiça em um comunicado.
De acordo com as acusações apresentadas, Lirim Sylejmani conspirou para dar apoio material ao grupo EI, que o governo dos Estados Unidos considera uma organização terrorista, entre 2015 e 2019.
O Departamento também indicou que o acusado recebeu treinamento militar do chamado "califado".
"O acusado é um cidadão dos Estados Unidos que abandonou o país que o recebeu para unir-se ao EI na Síria, afirmou o procurador-geral interino Michael Sherwin em um comunicado, em uma referência a Sylejmani, nascido no Kosovo.
"Agora será responsabilizado por seus atos em um tribunal americano", completou.
Sylejmani foi detido no ano passado.
A questão dos combatentes estrangeiros do EI é uma fonte de discussão entre os países ocidentais. O governo dos Estados Unidos deseja que os europeus repatriem e julguem os seus próprios cidadãos.
Países como França e Reino Unido, por exemplo, não aceitam o retorno dos seguidores do EI.
Mas Washington insiste em sua posição.
"Deixá-los no deserto não é uma solução efetiva, pois torna mais provável que encontrem uma forma de voltar ao campo de batalha. Aceitar este risco não é ser duro com o terrorismo", afirmou o coordenador de contraterrorismo do Departamento de Estado, Nathan Sales, em uma reunião em Bruxelas no ano passado.
Além disso, a situação poderia representar uma carga para os países do Oriente Médio que já precisam lidar com seus próprios cidadãos ex-combatentes do EI, segundo os Estados Unidos.
Até maio, quase 2.000 combatentes permaneciam detidos por forças sírias e outros 1.000 no Iraque. Muitos são cidadãos europeus, principalmente da França, Reino Unido e Alemanha.
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