INTERNACIONAL

Após repressão, Arábia Saudita liberta supostos dissidentes

Centenas de supostos dissidentes estão presos na Arábia Saudita, incluindo religiosos e ativistas de direitos humanos, mas alguns foram libertados, como a militante Loujain al Hathloul, sob pressão dos Estados Unidos após a chegada de Joe Biden à presidência

AFP
11/02/2021 às 10:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:40

Centenas de supostos dissidentes estão presos na Arábia Saudita, incluindo religiosos e ativistas de direitos humanos, mas alguns foram libertados, como a militante Loujain al Hathloul, sob pressão dos Estados Unidos após a chegada de Joe Biden à presidência.

No âmbito de uma grande campanha de repressão organizada pelo príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, foram detidos professores universitários, religiosos, jornalistas e membros da família real saudita, entre outros.

Na quarta-feira, Loujain al Hathloul foi libertada, juntando-se à lista de sauditas liberados ou que poderão ser soltos brevemente.

Fundador de um hospital de prestígio da cidade de Jidá, às margens do Mar Vermelho, e conhecido orador, a quem seus simpatizantes apelidaram de "Deepak Chopra do Oriente Médio", foi libertado em meados de 2019 depois de quase dois anos de detenção.

Mas em uma reviravolta judicial inesperada, em dezembro passado, o médico formado em Harvard foi condenado a seis anos de prisão por ter obtido a cidadania americana sem autorização oficial e por expressar seu apoio, no Twitter, às revoltas da Primavera Árabe de 2011.

No entanto, Fitaihi (56 anos) não precisou cumprir pena de prisão após recurso, segundo um parente.

No mês passado, um tribunal de apelações manteve sua condenação, mas reduziu sua sentença pela metade e suspendeu parte do restante da pena, disse a fonte.

Mesmo assim, Fitaihi e vários de seus parentes continuam proibidos de viajar, por isso não podem deixar o país.

Filho da ativista dos direitos das mulheres Aziza al-Yousef, Al-Haider foi preso em abril de 2019 e acusado de crimes relacionados ao terrorismo.

O homem preso, que tem dupla nacionalidade americana e saudita, foi detido horas depois que sua mãe foi libertada provisoriamente.

A prisão desta última coincidiu com a de Loujain al Hathloul e outras ativistas, pouco antes da Arábia Saudita suspender a proibição e permitir que as mulheres dirigissem, em junho de 2018.

Al-Haider foi libertado na semana passada enquanto aguarda julgamento, e sua próxima audiência está marcada para 8 de março, de acordo com a Freedom Initiative, com sede em Washington.

Escritor e médico, Bader al-Ibrahim foi preso em abril de 2019 e acusado de crimes relacionados ao terrorismo.

Foi colocado em liberdade provisória na semana passada e sua próxima audiência também está marcada para 8 de março, de acordo com a Freedom Initiative.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por