INTERNACIONAL

Argentina: a crise, a moratória e a reestruturação da dívida

A Argentina conseguiu reestruturar uma dívida de cerca de 66 bilhões de dólares com credores externos, deixando a moratória para trás

AFP
31/08/2020 às 19:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 11:44

A Argentina conseguiu reestruturar uma dívida de cerca de 66 bilhões de dólares com credores externos, deixando a moratória para trás. Agora negocia com o FMI e tenta colocar sua combalida economia de volta nos trilhos.

"Os 99% da dívida da legislação externa já foram reestruturados. Houve uma adesão (ao swap proposto pelo governo) de 93,55%, que pelas cláusulas de ação coletiva eleva a reestruturação para 99%", afirmou o Ministro da Economia, Martín Guzmán, na segunda-feira apresentando os resultados da negociação.

Terceira maior economia da América Latina e membro do G20, a Argentina tem mais de 35% de sua população vivendo na pobreza e uma taxa de inflação anual acima de 40%.

Confira a cronologia da atual crise econômica argentina:

Em um período de 45 dias, entre abril e maio de 2018, o peso argentino se desvalorizou 20% apesar de diversas intervenções do Banco Central, que elevou a taxa de juros para 40% ao ano, vendeu reservas internacionais e injetou mais de 10 bilhões de dólares na economia para sustentar a moeda.

Em 20 de junho de 2018, o FMI aprovou um empréstimo de 50 bilhões de dólares para atacar o déficit fiscal e a desvalorização da moeda. Em troca, o governo de Mauricio Macri se comprometeu com um severo programa de austeridade.

Em 26 de setembro de 2018, o FMI aumenta sua ajuda para US$ 57 bilhões.

A Argentina encerrou 2018 com inflação de 47,6%, a maior desde 1991. O peso perdeu metade de seu valor no ano.

Em 11 de agosto de 2019, o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández obtém 48% dos votos no primeiro turno e se torna o favorito para as eleições presidenciais.

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