INTERNACIONAL

As medidas de emergência para conter o coronavírus na Europa

Fechamento de escolas, quarentenas, intervenção militar, requisição de leitos hospitalares... vários países europeus preparam medidas para tentar retardar a disseminação do novo coronavírus

AFP
04/03/2020 às 11:30.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:11

Fechamento de escolas, quarentenas, intervenção militar, requisição de leitos hospitalares... vários países europeus preparam medidas para tentar retardar a disseminação do novo coronavírus.

O governo planeja fechar todas as escolas e universidades até meados de março para lidar com a epidemia de coronavírus. Uma decisão final sobre esse assunto deve ser tomada ainda hoje.

No país europeu mais afetado pela epidemia, 11 municípios do norte do país já estão em quarentena.

"Os exércitos estão prontos para intervir, se necessário", para apoiar os serviços estatais diante da epidemia de COVID-19, disse a ministra Florence Parly.

Os hospitais militares "estão prontos para receber pacientes" e "já os recebem", garantiu nesta quarta-feira.

"O próximo passo" se a epidemia piorar será "concentrar a capacidade em pacientes gravemente enfermos", incluindo adiar operações não emergenciais, afirmou o ministro da Saúde, Jens Spahn, na terça-feira. "Mas ainda não chegamos nesse nível", insistiu.

Quarentenas para cidades ou regiões inteiras serão decididas como "último recurso", afirmou o ministro do Interior, Horst Seehofer.

O país poderá fechar escolas, incentivar o trabalho de casa e "reduzir o número de grandes eventos" para retardar a epidemia.

Se a situação piorar, a polícia deverá "se concentrar em crimes graves e na manutenção da ordem pública" e os hospitais terão que adiar intervenções não emergenciais. O pessoal médico aposentado poderá ser convocado ao trabalho.

O Parlamento adotou na madrugada de terça-feira uma série de meios legais excepcionais.

O governo poderia, no caso de epidemia, limitar certos direitos e liberdades civis, impor taxas excepcionais à administração pública, contornar o código de ordens públicas, intervir diretamente no mercado de medicamentos ou recorrer ao exército. O texto ainda não foi aprovado pelo Senado e pelo chefe de Estado.

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