O aumento do consumo na segunda quinzena de março, ajudou a impulsionar o crescimento nominal do faturamento do atacado distribuidor, que fechou o trimestre com alta de 3% em relação ao mesmo período de 2019
O aumento do consumo na segunda quinzena de março, ajudou a impulsionar o crescimento nominal do faturamento do atacado distribuidor, que fechou o trimestre com alta de 3% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados fazem parte da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), apurada pela Fundação Instituto de Administração (FIA) com um grupo representativo de empresas. Ainda assim, o presidente da Abad, Emerson Luiz Destro, disse que com o fechamento de bares e restaurantes, o setor atacadista teve perdas e que, até abril, o crescimento nominal ficou em 1%.
"Nossa expectativa é terminar 2020 empatados com 2019", diz Destro.
Ele explica que os bares e restaurantes representam cerca de 10% do setor atacadista e que, se por um lado as pessoas deixaram de comer nesses locais, o consumo no varejo de alimentos aumentou. O que ajuda a compensar a conta. O crescimento nominal do faturamento na distribuição para o varejo é de cerca de 11%.
"Antes da pandemia, havia sinais de um ciclo de melhora gradual da economia e, por isso, o resultado positivo no primeiro trimestre já era esperado. Agora, depois que a população voltou a consumir normalmente, sem o receio de desabastecimento - em parte porque o governo agiu rapidamente com as medidas de auxílio, mas também porque os serviços essenciais, como o atacado distribuidor, não pararam - temos um grande desafio pela frente", afirma Destro.
Segundo ele, se de um lado o setor tem o privilégio de atuar com produtos de primeira necessidade; do outro, existe a baixa procura de restaurantes, lanchonetes, padarias e outros transformadores, que estão fechados. "Portanto, a expectativa para 2020 é de um faturamento equilibrado, resultado de um bom primeiro quadrimestre, de um segundo quadrimestre mais difícil e de um terceiro com desempenho melhor, uma vez que o consumo represado no período mais agudo da pandemia deve se normalizar."