Cinco civis foram mortos nesta quinta-feira em um ataque dos talibãs a um prédio do exército afegão em Gardez (leste), dois dias depois de Cabul ter anunciado a retomada de sua ofensiva contra insurgentes
Cinco civis foram mortos nesta quinta-feira em um ataque dos talibãs a um prédio do exército afegão em Gardez (leste), dois dias depois de Cabul ter anunciado a retomada de sua ofensiva contra insurgentes.
O ataque, realizado de manhã por "um kamikaze com um pequeno caminhão carregado de explosivos", também deixou quinze outros civis feridos, além de cinco soldados, segundo comunicado do Ministério da Defesa.
O porta-voz do governador da província de Paktia, onde este ataque ocorreu, Abdulah Hasrat, apresentou um balanço diferente, com um soldado morto e 24 pessoas feridas.
Os talibãs negam terem matado civis e enumeraram "dezenas de soldados mortos e feridos".
"Após o anúncio da ofensiva, um ataque foi realizado contra uma grande base militar no governo de Cabul", disse o porta-voz dos talibãs, Zabihulah Mujahid, em mensagem à imprensa via WhatsApp.
Desde a assinatura de um acordo histórico entre Washington e os talibãs, com objetivo da retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão, os insurgentes intensificaram sua ofensiva contra as forças afegãs. Eles também rejeitaram vários pedidos de cessar-fogo por Cabul e atores internacionais.
Por várias semanas, as forças afegãs apenas se limitaram a se defender dos ataques dos talibãs para dar uma chance às negociações de paz.
No entanto, depois de declarar que os talibãs e o grupo Estado Islâmico (IS) foram responsáveis por ambos os ataques, o presidente afegão ordenou que as forças afegãs "retomem operações contra o inimigo".
Os talibãs rejeitaram qualquer responsabilidade pelos ataques de terça-feira, que mataram 52 civis, e acrescentaram que estão "totalmente preparados" para responder às forças afegãs.
Um ataque a uma maternidade em Cabul matou pelo menos 24 pessoas. Imagens de mães falecidas e bebês recém-nascidos sob cobertores ensanguentados provocaram uma onda de indignação em todo o mundo.
"Atacar deliberadamente bebês, crianças, mães e profissionais de saúde é particularmente abominável", denunciou o Conselho de Segurança da ONU.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que apoia a unidade de cuidados maternos do hospital, localizada no oeste de Cabul, disse que uma mulher deu à luz durante o ataque, que durou várias horas.