Doenças respiratórias

Atendimentos de UPAs registram alta de 30%

As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), mais a COT (Central de Ortopedia e Traumatologia) prestaram 270.520 atendimentos no primeiro quadrimestre deste ano

Romualdo Cruz Filho
23/06/2022 às 07:17.
Atualizado em 23/06/2022 às 07:19
A UPA da Vila Cristina, região do Jaraguá, estava lotada na última terça-feira à tarde (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A UPA da Vila Cristina, região do Jaraguá, estava lotada na última terça-feira à tarde (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

O primeiro quadrimestre deste ano registrou aumento de 30% no número de pessoas atendidas nas UPAs, o que inclui a COT (Central de Ortopedia e Traumatologia), em relação ao mesmo período de 2021. Entre o dia 1º de janeiro a 31 de maio do ano passado foram atendidas 208.598 pessoas, enquanto no mesmo período de 2022 foram 270.520 pessoas.

A unidade com maior volume de usuários foi a UPA Vila Cristina, na região do Jaraguá, com 32% do total das consultas. O sistema é composto por quatro unidades de pronto-atendimento: Vila Sônia, Vila Rezende e Piracicamirim, além da Vila Cristina, mais a COT, que é um Centro especializado em Ortopedia e Traumatologia. 

Além da pandemia da Covid-19, os principais motivos apontados pela Secretaria de Saúde para o aumento no volume de atendimentos neste ano são o surto de gripe H3N2 ocorrido entre os meses de janeiro e fevereiro e, mais recentemente, a chegada do clima frio e ar seco, quando se torna comum o aparecimento de sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A SRAG, por sinal, representou 80% do total dos atendimentos realizados nas UPAs, aliado à sazonalidade de casos suspeitos de dengue e Covid-19, cujo número de casos deu uma disparada, apesar de estar gerando internações e óbitos em volume bem menor comparado ao período crítico da doença. 

"A Secretaria de Saúde (SMS) reitera que, mesmo com o aumento no volume de pessoas, nenhum paciente que procurou uma das quatro UPAs da cidade ficou sem atendimento, além disso, nova estratégia da Secretaria de Saúde fez com que não houvesse falta de médicos nestas unidades", afirma nota da pasta.

Sobre a nova estratégia, a SMS explica que se trata do contrato com a empresa que fornece serviços de plantões médicos para as UPAs, "o que permitiu reorganização das equipes, regularizando o atendimento, além de permitir que servidores pudessem gozar de férias, pois estavam há dois anos em trabalho constante devido à pandemia da Covid-19". 

Na terça-feira (21), a Gazeta esteve na UPA Vila Cristina e Piracicamirim. A primeira estava com um número expressivo de usuários à espera de atendimento, o que indica a continuidade no aumento da procura por atendimentos naquela unidade. Já na UPA Piracicamirim a procura estava bem menor.

Parlamento Metropolitano

A necessidade de aumento do teto de repasses para a saúde pública da região foi tema debatido pelos membros do Parlamento Metropolitano de Piracicaba, na terça-feira (21), em Santa Gertrudes.

De acordo com Gilmar Rotta, presidente do parlamento regional, os valores repassados aos profissionais de saúde estão muito defasados e será realizado um levantamento, juntamente com os hospitais que atendem na região pelo SUS, dos valores que deixaram de ser repassados à saúde.

"Temos que brigar para que esses valores sejam corrigidos, porque não podemos mais correr o risco de os hospitais diminuírem o atendimento ao SUS, cujos usuários correspondem a 80% da população", afirmou.

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