SANTA CASA

Aumentam casos de AVC em Piracicaba

Neste ano com a pandemia o sedentarismo aumentou e junto com ele risco de AVC

Da Redação
correiopontocom@rac.com.br
05/11/2020 às 20:37.
Atualizado em 24/03/2022 às 08:47

Neurologista da Santa Casa de Piracicaba, Theo Germano Perecin (Divulgaçãotttt)

A Santa Casa de Piracicaba é referência regional e único hospital da cidade credenciado pelo Ministério da Saúde para o atendimento como Linha de Cuidado ao AVC (Acidente Vascular Cerebral). Em 2020, em média, 46 pessoas estão sendo por mês no Hospital vítimas do AVC. Em 2019, esse número era de 41 pessoas. Dados da Rede Brasil AVC informam que a cada ano, 13,7 milhões de pessoas têm um AVC no mundo, 5,5 milhões morrem e, atualmente, existem 80 milhões de sobreviventes de AVC. Estudo recente divulgado pela Global Burden of Diseases (Carga Global de Doenças) demonstra que o risco de AVC ao longo da vida é de 1 em cada 4 pessoas. A preocupação neste ano, porém é que com a pandemia, muitas pessoas deixaram de praticar atividades físicas e o sedentarismo é um dos fatores que contribuem para o AVC. Para reverter esse quadro o foco mundial da campanha deste ano é atividade física, que tem grande impacto na redução do risco de AVC. “O sedentarismo tem um risco atribuível para o AVC de 36% e a atividade física, idealmente 30 minutos por dia, 5 vezes por semana, reduz o risco”, explica o neurologista da Santa Casa de Piracicaba, Theo Germano Perecin,. O AVC, popularmente chamado de derrame, é a segunda causa de morte no mundo e a primeira causa de incapacidade, e pode acontecer em qualquer um, em qualquer idade, afetando a todos: pacientes, familiares e amigos. De acordo com Perecin, a prevenção pode evitar 90% dos casos e o reconhecimento dos sinais de alerta do AVC e o rápido tratamento de urgência em um centro de AVC diminui a chance de sequelas. Segundo o neurologista outro fator importante é informar e conscientizar a população sobre a importância de se prestar os primeiros cuidados à vítima do AVC dentro de, no máximo, quatro horas e meia (270 minutos) após o acidente vascular cerebral para minimizar sequelas, reduzir custos sociais e promover a qualidade de vida.”É muito importante que as pessoas saibam identificam quando alguém está tendo um AVC”, reforça.   Sintomas De acordo com a enfermeira e gestora do Cuidado, Denise Lautenschlaeger, existem alguns sinais que o corpo dá e que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular Cerebral. “Os principais sinais de alerta são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente”, explica. Vários são os fatores que aumentam a probabilidade de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Entre eles estão: hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool e de drogas ilícitas, idade avançada, sedentarismo, histórico familiar. Aos primeiros sintomas é fundamental ligar para o SAMU (192), Bombeiros (193) ou levar a pessoa imediatamente ao hospital. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência e recuperação total.

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