A Austrália anunciou, nesta quarta-feira (22), 502 novos casos de coronavírus, o maior número já registrado no país, e as autoridades alertaram que as próximas semanas serão críticas na evolução da pandemia
A Austrália anunciou, nesta quarta-feira (22), 502 novos casos de coronavírus, o maior número já registrado no país, e as autoridades alertaram que as próximas semanas serão críticas na evolução da pandemia.
A grande maioria dos casos foi registrada nas últimas 24 horas no estado de Victoria, no sul, onde existem vários surtos em Melbourne e seus arredores, sob novas medidas de confinamento há duas semanas.
O pico anterior da epidemia ocorreu em 28 de março, quando foram registrados 459 casos, segundo dados reunidos pela AFP.
Naquele momento, o país conseguiu conter a propagação do vírus, a ponto de levantar as restrições. Como a Nova Zelândia, a Austrália foi elogiada por sua gestão eficaz da crise.
Mas nesta quarta-feira, o primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, anunciou 484 novas contaminações e duas mortes.
A Austrália contabiliza agora cerca de 13.000 casos de COVID-19, uma doença que deixou 128 mortos neste país de 25 milhões de habitantes.
A partir desta noite, os habitantes de Melbourne serão obrigados a usar máscara quando saírem de casa e, se não o fizerem, serão multados em 200 dólares australianos ($ 142).
Andrews considerou que outras mudanças comportamentais também serão necessárias.
Um estudo mostrou que 90% dos pacientes diagnosticados nas últimas duas semanas não se isolaram entre o momento em que tiveram os sintomas e quando fizeram o teste.
Na pendência dos resultados, mais da metade dos novos pacientes não observaram uma quarentena estrita.
O primeiro-ministro de Victoria explicou que muitos trabalhadores temporários não conseguem tirar licença médica e estão preocupados com a queda de sua renda.
No entanto, ele lembrou que poderiam pedir ajuda pública excepcional de 1.500 dólares australianos (1.070 dólares) se adoecerem.
As autoridades também estão preocupadas com a propagação da doença entre a população mais vulnerável devido a surtos em casas de repouso.
Em seis prisões, os detidos tiveram que ficar confinados em suas celas, porque um guarda deu positivo.