INTERNACIONAL

Banco Mundial divulga diagnóstico pessimista da economia devido à pandemia

O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira (5) um diagnóstico pessimista da economia mundial devido à covid-19, e alertou que sua recuperação dependerá em grande parte da rapidez com que serão implementadas as campanhas de vacinação em massa

AFP
05/01/2021 às 15:09.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:30

O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira (5) um diagnóstico pessimista da economia mundial devido à covid-19, e alertou que sua recuperação dependerá em grande parte da rapidez com que serão implementadas as campanhas de vacinação em massa.

A instituição reduziu sua previsão de crescimento no mundo para 2021, embora considere que a queda da economia em 2020 tenha sido "menos forte" que o esperado, com um retrocesso de 4,3% contra os 4,5% previstos em junho passado.

Para o Brasil, a primeira economia latino-americana, espera-se um crescimento de 3%, impulsionado por uma retomada do consumo e do investimento privado.

O PIB mundial deve crescer 4% este ano, uma redução de 0,2 ponto percentual em comparação com a última projeção, detalhou a instituição em sua perspectiva econômica mundial.

As novas previsões são reflexo do panorama sanitário no final de 2020 em todo o planeta, onde os casos de covid-19 continuam aumentando e surgiram novas variantes do coronavírus. Tudo isso leva a novas restrições, que perturbam ainda mais a atividade econômica, especialmente nos Estados Unidos e na Europa.

Esses contratempos, cuja consequência é a desaceleração do crescimento, também provocaram, segundo o Banco Mundial, uma redução "considerável" de receita pública e privada. Por um lado, as receitas fiscais caíram. Por outro, as demissões em massa afetaram o poder de compra das famílias.

"É provável que a recuperação seja moderada, a menos que os responsáveis pela formulação de políticas atuem com decisão para controlar a pandemia e apliquem reformas que aumentem os investimentos", alerta a instituição, que acredita que "as perspectivas a curto prazo continuam muito incertas".

O cenário mais pessimista, se as infecções de covid-19 continuarem crescendo e as campanhas de vacinação atrasarem, prevê uma expansão de apenas 1,6% em 2021.

Caso contrário, a hipótese mais otimista - controle da pandemia e aceleração das vacinações - aponta para um crescimento de quase 5%.

Na América Latina e Caribe, o organismo multilateral prevê uma expansão econômica de 3,7% este ano, melhor que sua previsão anterior de um crescimento de 2,8% para a região, publicada em junho.

"Espera-se que a atividade econômica regional cresça 3,7% em 2021, à medida que se flexibilizem as iniciativas para mitigar a pandemia, se distribuam vacinas, se estabilizem os preços dos principais produtos básicos e melhorem as condições externas", afirmou o Banco Mundial.

A instituição destacou, no entanto, que a recuperação que chegará após uma década de crescimento lento "será muito leve".

Alertou também que um cenário negativo, com atrasos na distribuição das vacinas contra a covid-19 e efeitos econômicos secundários, poderiam reduzir o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,9%.

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